Por Antonio Ximenes – Diretor de Redação
O Comando Militar da Amazônia está realizando a Operação Amazônia. Neste contexto de exercício militar de alto nível, a cidade de São Gabriel da Cachoeira, no Alto Rio Negro, foi ‘ocupada por uma nação’ com força militar superior a do Brasil, o que levou a população local a se mobilizar, através da resistência armada nos espaços urbano e rural, para reconquistar o território ocupado.
A região rica em minérios, dentre eles ouro, diamantes, terras raras, nióbio e uma das maiores biodiversidades do planeta em floresta tropical, é defendida por meio de ações clandestinas de brasileiros que não aceitam a ocupação estrangeira.
Organizados em pequenos grupos e fustigando os inimigos com ações de emboscada, a resistência criou uma rede de comunicação secreta para escapar do controle dos invasores.
Com armamentos leves, mas também com peças de artilharia camufladas e protegidas em segredo, como uma de 105 mm Oto Melara, e um míssil antiaéreo portátil lançado com o apoio dos ombros, os combatentes nacionais tem incomodado a tropa inimiga.
As táticas de guerrilha empregadas no enfrentamento a um adversário com maior poder de fogo, ao longo dos anos, vai desgastando e atordoando os invasores, que são afetados moralmente pelas perdas contínuas provocadas em suas fileiras.
Com caçadores (snipers) e pequenas células de combatentes escondidas na selva e na cidade, a resistência fustiga os invasores.
O suprimento da resistência e a rede de atendimento aos feridos clandestina é outro trunfo de quem não aceita a ocupação.
Nesta direção, a inspeção à campo realizada pelo comandante do CMA, general de Exército Estevam THEOPHILO, que na Operação Amazônia é o comandante do Teatro de Operações, a São Gabriel da Cachoeira no dia 13 de maio, teve a função de observar e ajustar o que for necessário para que o exercício ocorra dentro do mais próximo possível de uma situação de conflito de guerra irregular. “Estamos adestrando a tropa da melhor maneira e focados em um cenário o mais realístico possível”, comentou Theophilo.
Operação Amazônia
A Operação Amazônia 2021 é o maior exercício de defesa externa já realizado pelo Comando Militar da Amazônia, sendo desenvolvido no contexto do amplo espectro dos conflitos armados e da guerra híbrida envolvendo a combinação de Operações de resistência, ofensivas, defensivas e contra forças irregulares.
Na continuidade do êxito da Operação Amazônia do ano passado, quando houve repercussão internacional do poderio persuasivo do Exército Brasileiro, com sua bateria de foguetes Astros, e capacidade logística de mobilização de tropas e equipamentos; o atual adestramento da Operação Amazônia será de aproximadamente cinco meses de maio a setembro. Quando serão simuladas ações de guerra não convencional e convencional em ambiente de selva, onde somos referência mundial.
Fotos: Antonio Ximenes