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23 ABR
Pragas do campo: A Maria-Mole
Ocorre com frequência a morte de bovinos causada por ingestão de plantas tóxicas no Brasil, entre as mais tóxicas no país, a Maria-Mole poderia facilmente ocupar o primeiro lugar. De nome científico Senecio Brasiliensis, a planta apesar de florir os pampas com sua linda cor amarela, sendo nativa de campos e prados da América do Sul central, pode ser mortal.
Sendo uma planta perene, herbácea e ereta, muito resistente a seca, ela se reproduz facilmente por sementes. Possuindo um princípio altamente tóxico, a Maria-Mole causa necroses no fígado e lesões nos pulmões de bovinos, a morbidade varia de 1% a 30%, mas a taxa de mortalidade é praticamente de 100%, sendo que, no percentual geral atribuído às mortes por plantas, mais de 50% devem-se à intoxicação por Senecio.
A ingestão dessa praga é causada principalmente por uma lotação animal não adequada à oferta de pasto, o que leva à fome e ao consumo de plantas não forrageiras para suprir necessidades, mesmo que essas não sejam palatáveis, como é o caso da Maria-Mole.
Como ainda não há nenhum tipo de tratamento terapêutico realmente eficaz para a doença, algumas formas de controle da Maria-Mole são fortemente estimuladas pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, algumas dessas medidas são:
1. Roçadas:
É importante que sejam feitas nos meses de julho e agosto, e repetidas quando ocorrer o rebrote, garantindo assim que a planta não atinja o estágio reprodutivo.
2. Ovinos Controladores:
O controle pode ser feito com ovinos, pois as ovelhas possuem mais resistência que os bovinos a ação tóxica da erva.
3. Químicos:
O uso de produtos químicos é eficaz apenas para plantas já emergidas, portanto sendo necessária a reaplicação, o que pode acabar sendo uma forma muita cara de combater a praga.
4. Arrancar com raiz:
A medida mais eficaz é arrancar manualmente a planta com raiz, infelizmente não sendo muito prático em grandes áreas de infestação.
No Brasil, é estimado que 1 milhão de bovinos morram anualmente por intoxicação de plantas, o que causa um prejuízo econômico de aproximadamente U$S 200 milhões, se tornando cada vez mais importante o controle de pragas como a Maria-Mole nos campos do país.
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