O presidente da associação Manuel Siqueira (Manuelzinho) disse que empréstimo pode mudar a economia local
O presidente da Associação dos Produtores Rurais de Carauari (Asproc), Manuel Cosme Siqueira, disse que o repasse de R$ 500 mil do Banco da Amazônia (BASA), para melhorar a infraestrutura da Associação, notadamente o manejo do pirarucu e a sua comercialização nos mercados regional e nacional, será de vital importância, para alavancar o desenvolvimento das comunidades do rio Juruá, no município de Carauari.
“Apesar de ainda estar no início das conversações, sabemos que pode haver um longo caminho até a liberação do recurso, mas estamos otimistas, porque vários parceiros estão nos ajudando nesta empreitada financeira de crédito. Temos certeza que o trabalho conjunto que está sendo feito com o Idam e a Sepror trarão bons resultados para nossas comunidades “.
Ele destacou, também, que o recurso possibilitará o pagamento aos manejadores de pirarucu à vista, no ato da captura. Sem este recurso, que é o que acontece hoje, o pagamento da compra do peixe chega a demorar 60 dias, o que não é bom, porque as pessoas tem contas a pagar e tem todos os custos da atividades de pesca. Creio, que estamos muito próximo de conseguir a liberação, o que vai melhora a nossa vida na floresta”, comentou Manuel Cosme Siqueira, também conhecido popularmente como Manuelzinho.
O superintendente do Banco da Amazônia (BASA), André Vargas, disse que os recursos que serão disponibilizados para a Associação dos Produtores Rurais de Carauari (Asproc) deverá ser liberado o mais rápido possível. “As nossas conversas com o presidente do Idam, Valdenor Cardoso, o secretário da Produção Rural, Petrucio Magalhães, e a Asproc tem sido proveitosas. Deveremos liberar este financiamento em um mês”, salientou Vargas.
A associação, que trabalha com uma base de mais de 200 manejadores de pirarucu, precisa de recursos para custear os gastos de infraestrutura operacional, fomentar os negócios e ampliar o mercado. Ao todo serão beneficiados 620 associados, dentre eles a base de pescadores, que atua nos lagos manejados locais em dezenas de comunidades ao longo do rio Juruá, no município de Carauari.
Os recursos virão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf B). A Asproc atua na região há 26 anos e se caracteriza pela sustentabilidade de suas atividades, tanto nos aspectos da biodiversidade, como da qualidade de vida das populações ribeirinhas.
Caberá ao Idam fazer os projetos dos manejadores de pirarucu, de acordo com as orientações técnicas exigidas legalmente. “Vamos ajudar a Asproc, porque ela promove desenvolvimento regional sustentável. Precisamos saber quantos manejadores de pirarucu tem DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf)”, disse o dirigente do Idam.
O secretário da Produção Rural, Petrucio Magalhães, vem mantendo conversações de alto nível com o superintendente do BASA no Amazonas, André Vargas, na direção de conseguir mais linhas de financiamentos para outras cadeias produtivas do Estado. A instituição financeira tem de R$ 1,9 bilhão para investir em desenvolvimento regional, com viés no agronegócio nos estados do Amazonas e de Roraima.
Texto: Antonio Ximenes
Fotos: Divulgação