Ação de fomento do programa Pró-Piscicultura aconteceu nos dois últimos meses, como uma estratégia do Governo do Amazonas, por meio da Sepror, para que o setor pesqueiro não fique sem assistência, mesmo durante a pandemia do Covid-19
“O fornecimento dos alevinos vai garantir que possamos, além de manter a atividade, até aumentar a produção, que atualmente é de 20 toneladas/ano, comercializada em nossa porta, na beira da estrada, graças aos clientes que nos conhecem há alguns anos. Nossa venda é feita com o pescado vivo, mantido em ambiente apropriado para escolha dos compradores”, disse, a piscicultora Maria Auxiliadora Ferreira, da área rural de Manaus, e a Associação de Aquicultores de Codajás, beneficiada com a entrega dos alevinos feita pela Secretaria de produção Rural (Sepror).
Além de Maria Auxiliadora Ferreira, 160 piscicultores do Amazonas, foram beneficiados com a distribuição de 176 mil alevinos de tambaqui e 55 mil alevinos de pirapitinga, nos meses de março e abril deste ano. A distribução faz parte do programa Pró-Piscicultura, executado pela Secretaria Executiva Adjunta de Pesca e Aquicultura (Sepa) da Sepror.
Com ação foram beneficiados produtores dos municípios de Presidente Figueiredo, Codajás, Careiro, Silves, Iranduba, Novo Airão e Manaus. As próximas ações, em data ainda não definida, serão focadas em piscicultores dos municípios de Anori, Autazes, Manaus, Presidente Figueiredo, Manacapuru, Nova Olinda do Norte, Manicoré e Urucará.
O secretário titular da Sepa, Leocy Cutrin, explicou que o alevino representa 1% no custo de produção na piscicultura, mas sem esse percentual, não existe a produção.
“É preciso garantir a boa qualidade, boa sanidade e boa genética dos alevinos para dar rendimento ao piscicultor que vai receber o produto”, disse.
A Secretaria já contabiliza demanda ainda em aberto de outros 200 mil alevinos e 400 mil pós-larvas, em produção no Centro de Balbina, de acordo com dados fornecidos pela Gerência de Aquicultura da Sepa
O principal centro produtor, em Balbina, continuou produzindo alevinos desde janeiro deste ano, com o diferencial da pirapitinga, diversificando a produção para além da matrinxã e tambaqui Até o final do ano, Balbina produzirá alevinos de piracatinga e, futuramente, alevinos de curimatã.
“Ainda em 2020, pretendemos expandir a produção de alevinos com o fortalecimento da estação de Humaitá, para promover o atendimento ao sul do Amazonas e dar apoio às unidades de produção de outros municípios mais distantes da capital, através do fornecimento de pós-larva”, informou Cutrim.
Beneficiados
No município de Codajás, Josias Lopes de Castro, presidente da associação local de aquicultores, comanda as ações de outros 40 piscicultores, distribuídos entre a sede do município, a estrada Codajás-Anori e ramais. Para ele, a distribuição dos alevinos foi um presente para os pequenos produtores.
“Eles estavam obrigados a adquirir junto a fornecedores que muitas vezes não tinham como atender a todos, além de ter cada vez mais comprometidos seus ganhos para sustento das famílias. Isso é vital e certamente vai alavancar a produção local, hoje totalmente absorvida em nosso município”, falou Josias.
Assistência veterinária
A responsabilidade pelo atestado de sanidade dos alevinos que a Sepror entrega aos piscicultores amazonenses é da médica-veterinária Lídia Neves. Ela explica que é a atuação deste profissional que permite ao produtor ter a certeza de que está levando um alevino, pré-alevino ou pós-larva de qualidade, após processo de produção e tratamento submetido a análises laboratoriais. São informações que o piscicultor recebe no laudo, atestando a sanidade dos animais, além do termo de doação.
Demanda aberta
A demanda no setor da piscicultura ainda está aberta. Os pedidos chegam à Sepa por meio de organizações associativas do setor, das secretarias de Produção Rural dos municípios ou das unidades do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal e Sustentável do Estado do Amazonas (Idam).
A distribuição nos dois últimos meses aconteceu como parte da estratégia adotada pela Sepror para que o setor pesqueiro não fique sem assistência, mesmo durante o período em que o estado sofre os efeitos da pandemia do Covid-19 sobre a economia.
Texto: Informações da Sepror
Fotos: Sepror