Embrapa recebe R$ 1,4 milhão para conclusão do Laboratório Quarentenário Nacional

Desde sua criação, em 1976, até 2019, esse serviço barrou 90 pragas exóticas encontradas em diversas culturas que deram entrada no Brasil para utilização em pesquisa

A verba foi repassada à Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para conclusão do prédio de um dos serviços de maior importância para a agricultura do Brasil, responsável por ter barrado a entrada de mais de 90 pragas exóticas no País: o Laboratório Quarentenário Nacional da Estação Quarentenária da Embrapa.

O recurso, recebido por meio de um termo de execução descentralizada (TED), além de permitir a conclusão da estrutura, vai assegurar a ampliação dos serviços quarentenários em território brasileiro, a partir da integração das equipes dessa Unidade da Embrapa com as do Serviço Quarentenário Nacional, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa (SDA).

“Teremos uma parceria com a SDA para uma estrutura funcional que vai ampliar a análise quarentenária de materiais genéticos que entram no País para fins de pesquisa”, afirma Cléria Inglis, chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, ao anunciar que as negociações para o trabalho com a SDA estão em andamento.

Segundo a gestora, a liberação se deu por meio de articulação com a deputada Bia  Kicis (PSL-DF), que solicitou ao Mapa o TED, oriundo de um recurso extraorçamentário. Com isso, o montante de R$ 1.216.108,39 será aplicado em obras do laboratório e na construção de um galpão para maquinários.

Na aquisição de equipamentos para instalação de datacenter e estruturação de equipamentos do Laboratório Quarentenário Nacional (compra de switch, trator, transceiver, patch e nobreaks), serão investidos R$ 253.891,61. “A meta é equipar a estrutura de armazenamento de dados, laboratórios e trabalhos técnicos”, diz Cléria Inglis.

Instalada na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, a Estação Quarentenária é credenciada pelo Mapa para fazer os serviços referentes à quarentena de qualquer espécie vegetal, com a finalidade de pesquisa e identificação de qualquer tipo de praga (insetos, ácaros, fungos e bactérias, nematoides, plantas infestantes e vírus).

Desde sua criação, em 1976, até 2019, esse serviço barrou 90 pragas exóticas encontradas em diversas culturas que deram entrada no Brasil para utilização em pesquisa. Além disso, graças a ele foram introduzidos, no mesmo período, mais de 800 mil acessos (material com características específicas que pode ser usado em melhoramento genético), conforme informa o supervisor do Núcleo de Gestão da Estação Quarentenária de Germoplasma Vegetal, o pesquisador Norton Benito. 

“Passar pelo serviço de quarentena é a porta de entrada. A decisão da Embrapa de criar essa ‘barreira fitossanitária’ foi muito importante para fazer o enriquecimento de materiais vegetais com segurança”, diz o cientista.

A equipe da Estação Quarentenária contribui com a defesa fitossanitária do País respondendo a demandas técnicas do Mapa, entre elas a revisão de Normas Internacionais de Medidas Fitossanitárias (NIMFs) e o apoio técnico na revisão da lista de pragas quarentenárias editada pelo Ministério.

Estrutura e serviços

A Estação Quarentenária conta com uma estrutura capaz de atender aproximadamente 30 mil acessos anuais (amostras de materiais genéticos), embora a média de pedidos nos últimos cinco anos tenha decrescido devido ao surgimento de outros serviços quarentenários privados. 

Entre 2015 e 2019, foram mais de 374 processos recebidos, sendo 287 pedidos de importação com 16.277 acessos e 87 pedidos de exportação (584 acessos, sendo que cada acesso pode apresentar demanda para uma ou diversas análises laboratoriais que cubram todos os tipos de pragas quarentenárias previamente registradas).

A obra para a nova estrutura começou em 2015, tendo como meta a ampliação da capacidade de atendimento para mais de 60 mil acessos ao ano. As instalações foram projetadas conforme as regras de segurança exigidas pela Instrução Normativa nº 29/2016 do Ministério da Agricultura. 

Texto com informação da Assessoria da Embrapa

Fotos: Divulgação

Post Author: Agro Floresta

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