Durante oito dias, a Missão Kayapó levou profissionais de saúde e mais de três toneladas insumos médicos para reforçar o combate à Covid-19 nas comunidades indígenas. A ação interministerial, coordenada pelo Ministério da Defesa e da Saúde, chegou ao fim na terça-feira (24), em Ourilândia do Norte (PA).
Desde o dia 17 de novembro, foram beneficiadas mais de 5 mil indígenas da etnia Kayapó por uma equipe de mais de 60 pessoas, sendo 26 profissionais médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e veterinários da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. As aldeias contempladas foram Turedjam, Kikretum, Kokraimoro, Moikarako, Kubenkrãnkrehn e Gorotire, além de um atendimento centralizado na Casa de Saúde Indígena (Casai), em Ourilândia do Norte.
Atendimentos
Para a Terceiro-Sargento Cristiane Vieira Neves, técnica de enfermagem do Comando do 1º Distrito Naval, a missão foi ímpar e marcante.
“Eu tenho 20 anos de profissão e esta é a minha primeira operação. Eu nunca saí do Rio de Janeiro, quando comecei atender na primeira aldeia, me emocionei. Não acreditava que estava vivendo aquele momento. É enriquecedor poder doar a nossa experiência em saúde em prol do outro, ainda mais em aldeias tão isoladas. Agradeço ao Ministério da Defesa pela oportunidade no meu último ano nas Forças Armadas”, disse a militar temporária da Força Naval.
Segundo a Primeiro-Tenente Camila Xavier e Silva, médica generalista do Hospital Geral de Curitiba, o papel da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) é primordial na comunidade indígena.
“Eu percebi que os Kayapós são bem assistidos pela Sesai. Eles oferecem serviços de promoção de saúde, prevenção a doenças, acompanhamento de enfermidades crônicas, com possibilidades de encaminhamento a serviços conveniados e a reabilitação, como fisioterapia”, destacou.
*Ministério da Defesa Fotos: Tenente Cunha; Soldado Igor Soares/MD
