Uma das áreas mais promissoras e desafiadoras para o agro no que diz respeito ao alcance e ao potencial de aplicações, a agricultura de precisão e digital foi o tema de um workshop virtual realizado no dia 13 de novembro com especialistas da Embrapa e do Agriculture and Agri-Food Canada (AAFC).
O objetivo do encontro, articulado por Alexandre Varella, coordenador do Labex EUA, foi identificar prioridades de interesse comum que direcionem os projetos de cooperação entre os dois países a partir do ano que vem.
A apresentação oficial dos resultados para as diretorias das respectivas instituições está confirmada para 30 de novembro. O memorando de entendimento para a cooperação foi firmado em julho.
Este foi o segundo workshop da cooperação entre Embrapa e AAFC, sob a organização do Labex EUA. O anterior ocorreu em 28 e 29 de outubro, sobre biotecnologia agrícola, com foco em edição gênica de plantas e microrganismos.
“Nosso papel foi intermediar o contato entre os grupos de pesquisa e contribuir com a organização do evento, criando oportunidade de aproximação com o AAFC, motivando propostas inovadoras de colaboração”, diz Varella.
Segundo a secretária do Comitê Gestor do Portfólio Automação, Agricultura de Precisão e Digital, pesquisadora da Embrapa Informática Agropecuária Maria Angélica Leite, a cooperação coincide com o momento de maior evidência da agricultura digital.
“O boom nessa área, sem dúvida, é a integração dos dados que podem ser obtidos por sensores distintos e, consequentemente, em diferentes formatos, por meio de imagens de satélites e drones com câmeras acopladas, que vão subsidiar monitoramentos e gerar informações importantes que poderão contribuir com a solução de problemas no campo”, explica.
Ambas as instituições utilizam imagens de satélites para o mapeamento das áreas agrícolas. Com a cooperação, está previsto o compartilhamento de metodologias para o aperfeiçoamento das técnicas de processamento.
“Imagens com maior detalhamento espacial, como as do satélite Sentinel-2, poderão ser utilizadas em conjunto com técnicas avançadas de aprendizado de máquina para detecção dos tipos de culturas praticadas nos principais polos agrícolas do Brasil”, explica a pesquisadora.
*Com informações da Embrapa Fotos: Reprodução