Com o intuito de subsidiar técnicos e viveiristas, a entidade, descreve todo o processo de cultivo, no “Manual de produção de mudas de erva-mate”
Para obter êxito no cultivo da erva-mate (Ilex paraguariensis), a produção de mudas é considerada uma das fases mais importantes. No entanto, produzir mudas de qualidade tem sido um desafio para os sistemas de produção agropecuários, devido à exigência de constante capacitação e atualização dos profissionais envolvidos.
O método
O método de propagação por sementes, tradicionalmente utilizado, resulta em mudas com crescimento desuniforme, devido às variações genéticas. “O que pode diminuir a produtividade dos ervais (quando usados materiais genéticos não recomendados) e dificultar o seu manejo, tais como a adubação, poda e colheita”, explica o pesquisador.
Já a propagação pelo método de miniestaquia permite maior uniformidade, pois mantém as características de superioridade da planta matriz. Esta técnica consiste em destacar porções do ramo (miniestaca) das plantas das matrizes selecionadas e colocá-los em um meio adequado para formar o sistema radicular (processo de enraizamento).
De acordo com Wendling, na miniestaquia, as mudas serão clones da planta original selecionada, ou seja, iguais geneticamente às árvores das quais foram coletadas, buscando-se, com isso, materiais com qualidade superior.
Essa característica facilita o manejo, além da obtenção de árvores com maior potencial de produção de massa foliar, de matérias primas específicas (composição química diferenciada por exemplo), de maior interesse do mercado, gerando, consequentemente, maior produtividade e renda dos plantios de erva-mate.
No manual constam também informações sobre todo o planejamento e instalação dos viveiros, o passo a passo da miniestaquia e as formas de controle das doenças e pragas com potencial de serem encontradas em viveiros clonais de erva-mate.
Texto com informação da Assessoria
Fotos: Reprodução