Aumenta fabricação de máscaras contra o coronavirus

Artesãs apostam em modelos e tecidos mais criativos frente a alta  dos preços das matérias primas  

As máscaras que antes eram utilizadas apenas pelos profissionais de saúde, hoje já faz parte da rotina da população. As novas máscaras de tecido artesanais foram criadas como alternativa das máscaras cirúrgicas, para suprir a necessidade das pessoas para se proteger do Covid-19, e estão tendo uma  grande procura .

A designer de moda, Sandra Lasmar, 57 anos, disse que “há duas semanas está fazendo as máscaras, e que, agora, está recebendo boas encomendas, graças a Deus. Só ontem entreguei 33 máscaras para 3 clientes que me contataram  pelo Instagram @Sandralasmar “.

Ela destacou que o momento é delicado para os empreendedores. Os desafios vão alem da confecção. “Estamos tendo dificuldades com as matérias primas. De uma semana para outra aumentaram estupidamente o preço dos elásticos em alguns locais. No centro da cidade uma peça com 10 metros que custava R$ 5,00 uma amiga me disse que agora está em R$ 30,00, achei um absurdo”.  

A Sandra contou que em um bairro próximo a sua casa o elástico está a R$ 1,00 o metro, mas não vendem em grandes quantidades e para cada máscara utiliza-se 40 centímetros. “Fiquei assustada, porque  o material que estou usando eu comprei quando viajei a São Paulo e Fortaleza, agora para reabastecê-lo tenho que pagar um valor absurdo.  Uma peça de 50 metros em Fortaleza custa R$ 10,00, porem em Manaus é R$ 79,00 a peça de 100 metros”.

Aumentam os pedidos, porém as matérias primas ficaram muito caras e surgiram outros gastos. “Tenho observado que os clientes sempre querem com a pronta entrega. Estou pesquisando com os colegas quanto cobram de taxa de entrega, e analisando os aplicativos de entrega, porque se a entrega não é perto, a venda da máscara a R$ 8,00 não compensa”.

Kits e novos modelos

A necessidade da população de usar máscaras de proteção para evitar o contágio do coronavírus tem sido encarada como uma oportunidade de renda extra para ajudar nas despesas, porém, a concorrência é muita.

A técnica em enfermagem, Rosely Cabral, 48 anos, está fazendo máscaras de tecido a 1 mês e tem 600 unidades para pronta entrega.  Ela diversificou a sua produção com peças mais criativas para se destacar da vasta concorrências, disse.

Passou da máscara de tecido 100% de algodão simples de R$ 4,00  que negociada em pacote de 5 peças por R$ 20,00, a outra venda, a do modelo ‘Bico de Pato, que custa R$ 8,00 por unidade e tem mais saída.

Anteontem, incorporou os kits que tem incluso a máscara de tecido e a faixa em R$ 15,00. “Postei o modelo no meu Facebook e Instagram @costuricesdarosa, e hoje estou com uma encomenda de 20 kits”.

A Rosely concorda com a Sandra no tema do aumento do preço das matérias primas. “Antes da pandemia, uma comprava o metro de tricoline, 100% algodão,  em R$ 14,00, agora o mais barato que achei foi de R$ 18,00.Também a maioria das lojas estão fechadas. Então, o que fazer?”.

3.194 casos confirmados

O Amazonas ultrapassou a marca de 3 mil casos confirmados do novo coronavírus, nesta sexta-feira (24). Conforme boletim atualizado da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), o estado registrou 306 novos casos confirmados da Covid-19, nesta sexta, totalizando 3.194 pessoas contaminadas pela doença. O número de mortes ocasionadas pela Covid-19 chegou a 255.

O número de pessoas recuperadas da doença, que são consideradas fora do período de transmissão, chegou a 1.037. Outros 1.642 casos confirmados de Covid-19 estão em isolamento social ou domiciliar.

Texto: Dulce Maria Rodriguez

Fotos: Sandra Lasmar e Rosely Cabral

Post Author: Agro Floresta

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