Ao alcance dos benefícios do projeto destacam o aumento do bem-estar das pessoas, do desenvolvimento da cidadania, do respeito aos valores e tradições culturais e, também melhores condições de infraestrutura em Autazes, Itacoatiara e Itapiranga
ANTONIO XIMENES
DIRETOR DE REDAÇÃO
A Potássio do Brasil está presente em Autazes, Itacoatiara e Itapiranga no Amazonas. Sua produção de potássio nas minas locais permitirá a criação de 24 mil empregos diretos e indiretos movimentando a economia regional e acelerando o desenvolvimento regional. Até o momento, já foram investidos R$ 600 milhões. O Investimento total será R$ 27 bilhões nas três cidades.
O Brasil importa 95% do potássio que vem do Canadá, Rússia, Alemanha e Israel para as lavouras brasileiras, são mais de US$ 1,1 bilhão importado anualmente. Com as minas em funcionamento de forma sustentável no Amazonas, o Brasil será auto suficiente em potássio e dará um salto ainda maior na sua posição entre os líderes mundiais do agronegócio, com sua produção de alimentos.
Leia a entrevista com o principal diretor da Potássio do Brasil em nosso País Guilherme Jácome.
1) Como estão as atividades da Potássio do Brasil neste momento no Amazonas?
A Potássio do Brasil está mobilizada e segue atuando em projetos que envolvem três cidades do estado: Autazes, Itacoatiara e Itapiranga. Essas áreas são bastante promissoras e, pelo que esperamos, serão grandes polos na fabricação de fertilizantes de potássio.
Em Itacoatiara e Itapiranga, os cronogramas estão sendo cumpridos em ritmos bastante razoáveis. Especificamente em Autazes, estamos consultando previamente o povo indígena Mura sobre o empreendimento. Isso ocorre em respeito às comunidades indígenas da região. Até o resultado da consulta, o projeto naquela localidade não terá andamento.
Ressalto que a consulta aos Mura, além de fazer parte do processo de licenciamento ambiental, teve o seu rito definido e será conduzida pelos próprios indígenas. A fim de subsidiar essa consulta, entregamos aos Mura a Proposta do Empreendimento em novembro de 2019.
Esse documento contém a descrição clara do Projeto, além dos planos sociais e ambientais sugeridos.
De posse desse documento, os Mura se organizaram para iniciar as suas reuniões internas, a fim de avaliarem o empreendimento, segundo o seu próprio modo e costumes.
Por fim, devemos reconhecer que as restrições decorrentes da COVID-19 implicaram algum atraso nos prazos definidos inicialmente para todos os projetos. No entanto, estamos otimistas e esperamos que as atividades retomem rapidamente a um ritmo normal, à medida que superemos essa pandemia.
2) Quantos empregos serão gerados com os empreendimentos da Potássio do Brasil?
Como os projetos têm portes similares, podemos considerar que cada um promoverá cerca de 8.000 empregos diretos e indiretos. Daremos prioridade a população que habita a região de cada projeto, mas isso não significa uma cidade específica. No caso do projeto em Autazes, os benefícios serão estendidos aos habitantes de Careiro da Várzea, por exemplo.
Quanto ao alcance dos benefícios, importa destacar que estamos tratando do aumento do emprego e da renda de milhares de pessoas. Isso tem impacto direto e extensivo na vida das famílias e na arrecadação de tributos pelos municípios. Note que não falamos apenas de empregos diretos. Também haverá a prioridade na aquisição de produtos e serviços junto aos fornecedores e comerciantes locais, o que também impulsiona a oferta de mais trabalho, além de estimular o empreendedorismo.
Além disso, haverá melhores condições de infraestrutura nas regiões em que os projetos se desenvolverão, o que igualmente exigirá a participação de mão de obra qualificada. Por exemplo, no caso de Autazes, está prevista a construção de uma linha de transmissão de energia, interligando a região ao linhão Tucuruí-Manaus, trazendo energia, além da internet banda larga para a região.
Assim contribuiremos para o desenvolvimento regional do interior do Amazonas.
3) Qual tipo de atividades está sendo feitas junto às comunidades para melhorar a qualidade de suas vidas com o investimento?
A qualidade de vidas das pessoas será sentida à medida que os projetos avancem em sua implementação. No caso específico de Autazes, devemos aguardar o resultado da consulta. Seja como for, nossa expectativa é que os benefícios à população ocorram e sejam percebidos de modo progressivo e rápido. Estamos falando aqui de diversos programas sociais e ambientais, com destaque para os segmentos de preservação do meio ambiente e de apoio à educação, à saúde, ao fortalecimento cultural e à capacitação profissional.
Notadamente, esses programas objetivam a melhoria robusta na qualidade de vida de todos. Tudo isso sempre priorizando os habitantes das regiões onde os projetos serão executados, incluindo, e com a devida e merecida atenção, as comunidades locais indígenas e não-indígenas.
Em síntese, estamos falando do aumento do bem-estar das pessoas, do desenvolvimento da cidadania, do respeito aos valores e tradições culturais e, também e não menos importante, da possibilidade de gerarmos melhores condições para a expressão de talentos e para a realização das pessoas, de suas famílias e, em sentido ainda mais coletivo, de suas comunidades.
4) De quanto será o investimento e quanto já foi investido até o momento?
Já foram investidos cerca de R$ 600 milhões de reais até o momento. Esse montante foi aplicado na descoberta e no desenvolvimento dos projetos em Autazes, Itacoatiara e Itapiranga. Em princípio, cada cidade receberá um volume de 9 bilhões de reais em investimentos. Como o volume de recursos é muito grande, e considerando a evolução da conjuntura, estamos neste momento realinhando o nosso cronograma de investimentos. Nossa pretensão é redefinir ou ratificar a sequência dos projetos a serem priorizados. Por ora, o que temos é o avanço de todos os projetos, mas é certo que devemos conduzir tudo com muita proficiência. Tudo tem que ser muito bem analisado ante as circunstâncias e, em especial, às oportunidades do mercado e aos riscos que identificamos.
5) Quais as características técnicas de exploração do minério Silvinita?
A silvinita está localizada em profundidades que variam de 800 a 1.000 metros. Para chegar até lá, temos que construir 2 elevadores e um grande ar condicionado para resfriar o ar. Lá em baixo, máquinas operadas por controle remoto escavam a silvinita e levam até uma usina de processamento de fertilizantes, na superfície. Nessa usina, adicionamos água e energia para concentrar o potássio. O potássio depois é levado de caminhão até um porto e, de lá, é levado em balsas para os produtores rurais.
O rejeito será o sal de cozinha e areia, que serão devolvidos ao subsolo, preenchendo a mina subterrânea, ou seja, desde o início da produção, também se inicia o fechamento do projeto. Em outras palavras, o que sai do subsolo, exceto o potássio, retorna para o subsolo. Isso significa redução de impactos ambientais. Este processo acontece desde o primeiro ano de operação.
6) Sob o ponto de vista ambiental o que está sendo feito para diminuir os impactos?
Sempre trabalhamos com o conceito de eliminar impactos desde a concepção do projeto. E temos vários exemplos, tais como a utilização dos rios ao invés da construção de estradas, o retorno do rejeito (sal de cozinha e areia) para o subsolo, sem a necessidade de construção de barragens, o reflorestamento de uma área 10x maior que a área eventualmente impactada, além de incentivos às comunidades locais para manterem a floresta em suas regiões.
7) Qual a finalidade fim do minério que será retirado?
O Potássio é um fertilizante natural e utilizado para melhorar a produtividade e qualidade das plantas. Todo o potássio produzido será vendido para os agricultores brasileiros, tanto aqueles de base familiar, como também os grandes produtores.
8) O Brasil é uma potência agrícola, mas carece de potássio na sua cadeia de fertilizantes. Como a Potássio do Brasil pode contribuir para o fortalecimento do Agronegócio brasileiro?
O Brasil importa mais de 95% do potássio consumido. Gerando emprego e renda no Canadá, Rússia, Alemanha e Israel, e emitindo CO2 no ambiente com o transporte marítimo e rodoviário trazendo este potássio até as nossas fazendas aqui no Brasil. Por outro lado, uma das maiores reservas de potássio do mundo está no Brasil, principalmente no Amazonas. Nosso objetivo é desenvolver e produzir potássio no Amazonas para o Brasil, gerando emprego e renda no Amazonas, protegendo o ambiente, e respeitando as comunidades.
Com a produção de potássio no Brasil, os agricultores terão oportunidade de comprar potássio diretamente da Potássio do Brasil, sem atravessadores. Reduzindo o prazo de entrega, estoques, custos financeiros etc. Com a aquisição do produto a um preço menor, haverá a redução de custos e aumento de produtividade. Tornando a produção agrícola ainda mais competitiva, e garantindo comida de qualidade nas mesas dos brasileiros.
1 thought on “Potássio do Brasil vai criar 24 mil empregos no Amazonas”
Gonçalo lemes paes de Proença
(abril 13, 2022 - 8:20 pm)Gostaria de trabalhar como gestor ambiental..