O Parque Nacional de Anavilhanas abriga o segundo maior arquipélago fluvial do mundo, com aproximadamente 400 ilhas, 60 lagos e dezenas de furos e paranás. A região é um verdadeiro santuário de biodiversidade.
Localizado no Amazonas, próximo à cidade de Novo Airão, o parque protege três espécies ameaçadas: o boto-vermelho, o peixe-boi e o boto-tucuxi.
Além de preservar cadeias de ecossistemas aquáticos e terrestres, Anavilhanas funciona como um grande banco natural de vida, possibilitando amplas pesquisas científicas, desde estudos comportamentais de espécies até análises da vegetação local.
O espaço terrestre também abriga diversas espécies de aves, incluindo migratórias e residentes. Com variações sazonais no nível do rio que podem chegar a 12 metros, o arquipélago se torna um importante local de reprodução para mamíferos como lontras e ariranhas.
Curiosidades do Parque Nacional de Anavilhanas
Mamíferos Terrestres
– Onça-pintada
– Jaguatirica
– Gato-maracajá
– Tamanduá-bandeira
– Tatu-canastra
– Anta
– Queixada
– Cachorro-do-mato-vinagre
Avifauna
– Grande diversidade de espécies de aves
– Espécies de distribuição limitada, como o gavião-pato e o mutum
– Espécies restritas às florestas de igapó, como a choquinha-do-tapajós
– Espécies migratórias, como a águia-pescadora e o batuiruçu
Ictiofauna
– 368 espécies de peixes registradas
– Matas de igapó fornecem abrigo e alimento para os peixes
– A conservação das matas de igapó é essencial para a pesca sustentável
Herpetofauna
– 50 espécies de anuros
– 19 espécies de lagartos
– 22 espécies de serpentes
– Quatro espécies de jacarés, incluindo o jacaré-tinga e o jacaré-açu
– 14 espécies de quelônios de água doce, como a tartaruga-da-Amazônia e o tracajá
Importância Cultural
O parque também preserva figuras icônicas do folclore amazônico, como o boto-vermelho, símbolo de Novo Airão e protagonista de diversas lendas contadas pelos ribeirinhos. Essas histórias fazem parte do patrimônio cultural da região, fortalecendo a identidade e a tradição amazônica.
Além disso, sua localização reforça o simbolismo da Amazônia como uma região de resistência ambiental e cultural, destacando a importância da preservação desse ecossistema único.
Texto: Ryan Jatahy
Foto: Reprodução
Supervisão: Beatriz Costa