Academia da Força Aérea tem seleção inédita para mulheres na Infantaria

 

A história da Academia da Força Aérea (AFA) ganha um novo capítulo em 2026 com a abertura inédita de vagas para mulheres no Curso de Infantaria da Aeronáutica. Pela primeira vez, candidatas poderão disputar uma das 50 oportunidades oferecidas para os Cursos de Formação de Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria (CFOAV-INT-INF). A decisão reflete o avanço da participação feminina na Força Aérea Brasileira (FAB) e marca um importante passo rumo à igualdade de oportunidades dentro das Forças Armadas.

 

A ampliação da participação feminina na Força Aérea Brasileira

A participação feminina na FAB tem sido ampliada gradativamente ao longo dos anos. Em 1982, a Aeronáutica abriu as primeiras vagas para mulheres no Quadro Feminino de Oficiais (QFO), permitindo sua atuação em áreas administrativas e de saúde. Em 2003, as candidatas passaram a disputar vagas na AFA para o Curso de Intendência, e, em 2017, ingressaram na Aviação Militar. Agora, em 2026, a Infantaria se junta a esse avanço, consolidando a presença feminina em todas as carreiras operativas da FAB.

Esse marco reforça o compromisso da FAB com a modernização e a inclusão de mulheres em funções estratégicas. Com isso, futuras gerações poderão ver a Infantaria como uma opção de carreira dentro da Aeronáutica, ampliando as possibilidades de atuação e fortalecendo a Força Aérea com novos talentos.

 

O processo seletivo para a Academia da Força Aérea (AFA) em 2026

As inscrições para o processo seletivo da AFA estarão abertas entre 7 e 28 de abril de 2025. Para participar, o candidato deve ser voluntário e atender a requisitos específicos, como ter entre 17 e 22 anos até 31 de dezembro de 2026 e ter concluído o Ensino Médio. A taxa de inscrição será de R$ 120,00, e as provas ocorrerão no dia 6 de julho de 2025. Clique aqui para mais informações.

 

O Exame de Admissão à AFA é composto por diversas etapas eliminatórias e classificatórias. A primeira fase consiste nas provas escritas de língua portuguesa, língua inglesa, matemática, física e redação. Os candidatos aprovados avançam para as seguintes etapas: Inspeção de Saúde, Exame de Aptidão Psicológica, Teste de Avaliação do Condicionamento Físico e Validação Documental.

Os aprovados em todas as fases e selecionados pela Junta Especial de Avaliação (JEA) deverão se apresentar na AFA, em Pirassununga (SP), no dia 11 de janeiro de 2026, para início do curso de formação, que tem duração de quatro anos. Durante esse período, os futuros oficiais receberão instruções teóricas e práticas, além de treinamento militar e físico intensivo. Ao final do curso, serão nomeados Aspirantes a Oficial da Aeronáutica e designados para Organizações Militares do Comando da Aeronáutica (COMAER).

 

O papel da Infantaria na Aeronáutica e os desafios da carreira

O oficial de Infantaria da FAB tem como principal missão garantir a segurança e a defesa de bases aéreas, instalações militares e operações estratégicas da Aeronáutica. Além disso, atuam em missões de controle de distúrbios, operações especiais e proteção de infraestruturas críticas da FAB.

 

Com a inclusão das mulheres no Curso de Infantaria da AFA, a FAB passa a ter que se adaptar para receber as novas cadetes, garantindo a estrutura necessária para sua formação e desenvolvimento. Essa adaptação inclui desde adequações em alojamentos e uniformes até a preparação para desafios operacionais específicos da carreira.

As mulheres que ingressarem no CFOINF enfrentarão desafios que exigem alto desempenho físico e mental. O curso de Infantaria inclui treinamentos em combate, sobrevivência na selva e técnicas de defesa de instalações estratégicas. Assim como ocorre nas demais carreiras militares, a presença feminina na Infantaria da Aeronáutica será um passo essencial para consolidar a igualdade de oportunidades dentro das Forças Armadas.

 

Essa mudança representa um avanço não apenas para a FAB, mas também para a evolução da participação feminina na defesa nacional. A abertura de novas oportunidades permitirá que mais mulheres contribuam ativamente para a segurança e a soberania do país, fortalecendo a Aeronáutica com sua capacidade técnica e dedicação.

Fonte: Defesa em Foco

Post Author: Ryan Jatahy

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