Aqui no Rio Grande do Sul as crianças e adolescentes, fazem parte do tradicionalismo, desde cedo estudam a nossa história, aprendem a declamar uma poesia, tocar gaita, tomar chimarrão, dançar…

Nós gaúchos levamos nossos filhos desde pequenos para freqüentar as entidades tradicionalistas, as meninas e os meninos participam de concursos, na qual exige muita cultura, participam de grupos de danças, chula, trovas, declamações, tocam instrumentos musicais, muito estudo das tradições e os peões na parte campeira também, e depois participam de concursos, rodeios e de festivais em outras cidades.

Passamos para eles os ensinamentos que foram passados para nós, isso significa tradição, passarmos adiante a cultura de um povo. As prendas e peões se preparam o ano inteiro para o concurso estadual de prendas e peões, e nas outras modalidades tem o ENART, Encontro de Artes e Tradição Gaúcha, considerado o maior festival de arte amadora da América Latina.

 

A atração principal deste festival são as invernadas de danças, pois as danças devem seguir o “Manual de Danças Gaúchas”, onde dançam muitos pares. Aqui é comum ver jovens ensaiando durante os cinco dias da semana, treinando para os concursos, isso além de ser muito saudável é a nossa tradição passada para outras pessoas que irão dar o seguimento dos costumes.

 

Algumas danças gaúchas

– Balaio

– Tatu com volta no meio

– Anú

– Tirana do lenço

– Pézinho

– Pau-de-fitas

– Cana-verde e muitas outras.

DECLAMAÇÃO

                      

Temos concursos de declamação nas categorias mirim, juvenil e adulta, o declamador tem que ser um artista, viver dentro da poesia e a comissão julgadora analisa tudo como a postura, a letra da poesia e principalmente a interpretação.

Temos muitos poetas como: Aparício Silva Rillo, Jaime Caetano Braum, Dimas Costa, Glaucus Saraiva, Alcy Cheuiche, Luiz Menezes, Eugênio Guerra e muitos outros.

 

De: Aparício Silva Rillo

“Canto aos Avós”            

…Os avós eram de carne e osso.

Tomavam mate, comiam carne com farinha,

campereavam .

Sopravam a chama dos lampiões, dormiam cedo.

…Humanos como nós, os velhos Tauras,

mas de bronze e de ferro nos parecem

esses campeiros que fizeram histórias.

Estátuas vivas de perenidade

nos pedestais do tempo e da memória…”

Escritora

Márcia Ximenes Nunes Chaiben

Post Author: Márcia Ximenes Nunes

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