Nesta quinta-feira (25), o Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) completa um ano como entidade jurídica independente. Com o novo modelo de gestão, agora vinculado diretamente ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e gerido pela Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (FUEA), o CBA reforçou a sua missão de promover a bioeconomia na região amazônica com inteligência e inovação, sempre valorizando e protegendo a rica biodiversidade local, promovendo o fortalecimento das cadeias produtivas e a valorização do conhecimento tradicional.
Este primeiro ano foi marcado por avanços significativos e parcerias estratégicas que têm sido cruciais para a construção de um modelo de atuação eficiente e visionário.
Para o diretor-geral do CBA, Márcio Miranda, a conquista da personalidade jurídica própria foi um passo essencial para a autonomia e crescimento do CBA. Ele destaca ainda a importância de reconhecer o papel fundamental que o MDIC tem proporcionado no incentivo à promoção de novos diálogos com as diversas instituições de ensino, pesquisa, inovação e de fomento. “Temos realizado muitas aproximações com organismos do ecossistema de Ciência, Tecnologia, Inovação de norte a sul do País, pois entendemos que é preciso buscar conexões com instituições que detêm expertise nesse processo de incentivo e fortalecimento dos novos negócios, sobretudo no âmbito da biodiversidade amazônica. Também nos aproximamos da indústria e das instituições de fomento apresentando o portfólio de projetos e serviços os quais o CBA está apto a desenvolver, bem como aqueles que já estão em nossas bancadas prontos para se tornarem produtos e posteriormente negócios sustentáveis” disse Márcio.
Outra importante contribuição apontada por Márcio é a atuação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) ao longo desse processo. “Ambas instituições têm contribuído de maneira imprescindível, oferecendo expertise e suporte para a implementação de parcerias alinhadas à nossa gestão compartilhada e assertiva, que tem sido a base para o crescimento e consolidação do CBA”, afirmou Miranda.
Ao longo deste ano, o CBA avançou em várias frentes, incluindo:
Pesquisa Científica: Realização de estudos inovadores que impulsionam o conhecimento sobre a biodiversidade amazônica e suas potencialidades, como a utilização de microorganismos amazônicos na produção de biofertilizantes e biodefensivos, estruturação da cadeia produtiva do Curauá, desenvolvimento de embalagens inteligentes e sustentáveis à base de resíduos agroindustriais, uso de microalgas amazônicas como fonte de insumos para produtos plant based e para a obtenção de pigmentos naturais, entre outros.
Capacitação de Comunidades Locais: Realização de oficinas que visam fortalecer as habilidades e conhecimentos das comunidades, como a iniciativa realizada recentemente no município de Carauari, junto à comunidade de São Raimundo e que beneficiou a Associação das Mulheres Agroextrativistas do Médio Juruá com um curso de Boas Práticas de Manipulação e Capacitação em Extração de Óleos Essenciais.
Reaproximação da Indústria, ICTs e Órgãos de Fomento
Neste primeiro ano, o CBA reforçou sua colaboração com a indústria, instituições científicas e tecnológicas (ICTs) e órgãos de fomento. O CBA recepcionou e visitou gestores e pesquisadores de importantes entidades do ecossistema de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), como Embrapa, INPA, INPI, Museu Paraense Emílio Goeldi, BNDES, Natura, Basf, Le Novo, Samsung, entre outras indústrias. Durante as visitas, os representantes puderam conhecer de perto os laboratórios e projetos inovadores. Além disso, os gestores e pesquisadores se deslocaram para outros estados, promovendo uma interlocução ativa e estabelecendo conexões estratégicas.
Tais esforços tiveram o objetivo de encontrar soluções inovadoras que aproveitem e protejam a biodiversidade amazônica, integrando desenvolvimento sustentável com avanços tecnológicos.
Sobre o Centro de Bionegócios da Amazônia
O CBA é uma instituição dedicada a promover a bioeconomia na Amazônia, integrando pesquisa científica, inovação e sustentabilidade para valorizar e proteger a biodiversidade da região. Com um modelo de gestão compartilhada, o CBA trabalha em estreita colaboração com diversas entidades e comunidades locais para desenvolver soluções que combinam desenvolvimento econômico e preservação ambiental.