O pequeno produtor rural amazonense na hora de escoar sua produção, a comercialização é o grande gargalo; sempre fica na mão de intermediários que formam grande cartel. Falta acompanhamento técnico, recursos e tecnologia para produzir mais e melhor
Agricultura é uma das mais nobres atividades desenvolvidas pelo homem. Produzir alimentos é vida. “Eu como agricultor sinto o prazer todos os dias de poder entrar nas casas das pessoas sem pedir licença, porque produzimos seus alimentos para a vida”, disse o agricultor e diretor da Agromix Feiras e Eventos Orisvaldo Neves.
Na sua visão o agricultor está ligado a Deus o tempo todo; ele pede para chover se chove de mais ele pede para parar e Deus sempre atende seu pedido.
Pelos 35 anos de experiencia atuando na área ele disse que o agricultor familiar sofre muito também. “Apoio quase não existe aqui no estado do Amazonas e no Brasil”.
Contou que ele recentemente ficou uma semana dentro da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e acompanhou o drama do pequeno produtor. “Na hora de escoar sua produção, a comercialização e o grande gargalo; sempre fica na mão de intermediários que formam grande cartel; enfim estamos sempre lutando para melhorar a vida de nossas famílias e nossa sociedade”, salientou.
“Tudo o que tenho é graças a agricultura”
Para Marli Bonati Garcia (40) ser agricultor rural não é fácil, mas ela tem muito orgulho de ser agricultora e gosta muito da atuar no setor primário. “Tudo o que eu tenho hoje veio da agricultura”, disse.
Marli agradeceu ao Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) que “ajuda muito”, confessou.
Marli é casada e tem 3 filhos que criou e educou com a renda gerada pela agricultura. A mais de 20 anos ela vive do plantio da terra.
Atualmente produz maracujá e melancia em seu Sitio localizado no município Manacapuru.
Satisfação pessoal
Para Gelsomar Sabino (27) ser produtor agrícola representa “a satisfação pessoal de poder plantar e produzir alimentos naturais para o consumo das famílias e garantia da renda para sustentar a minha família”.
Ele cultiva banana, macaxeira, melancia e trabalha também com produção de Juta e Malva, no Paraná do Periquito, Comunidade São Lázaro da Zona rural de Manacapuru.
Gelsomar passou um tempo na cidade estudando e hoje ele é formado em Logística, mas seu amor pela agricultura o levou de volta para sua comunidade.
Segundo o agricultor para o desenvolvimento da atividade no estado, falta acompanhamento técnico, recursos e o uso da tecnologia para produzir mais e melhor.
Texto Dulce Maria Rodriguez
Fotos: Reprodução