O zootecnista atua em um comum conjunto de atividades e habilidades para desenvolver, promover e controlar a produção e a produtividade dos animais domésticos. Sendo de grande importância no aspecto socioeconômico e para o desenvolvimento do agronegócio. Neste artigo iremos conhecer a visão de um zootecnista formado em 2005 pela Universidade Federal de Santa Maria, é o caso de Fernando Gravina, 38 anos.
Em seus tempos de faculdade na UFSM, além de estudar, Fernando também estagiou em seu primeiro ano no laboratório de nutrição animal, e em seu segundo ano no laboratório de bovino cultura de corte, além de atender em uma propriedade nos fins de semana. Em seu último ano de faculdade, Fernando estagiou no Uruguai, ficando seis meses na Estancia Ana Paula. Ele cita que foram bons tempos de faculdade, sendo ela menos burocrática do que atualmente.
Sempre foi apaixonado pela produção animal, principalmente o cavalo crioulo, o que fez com que optasse pelo curso de zootecnia e continuasse até os dias de hoje trabalhando na área. Cursando também agronomia para se especializar mais ainda.
Fernando hoje é inspetor técnico da ABCCC (Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Crioulo), dedicando 80% do seu tempo a essa função, que conta com revisão de manada, inspeção de criatórios e supervisão de eventos da raça, sendo também técnico do PROMEBO (Programa de Melhoramento de Bovinos) e atuando com consultoria e assessoramento de bovinos, equinos e campos nativos, além de ter uma pequena criação de cavalo crioulo na Cabanha Água Negra. Ele baseia sua área de atuação principalmente em equinos.
O profissional entende que a área do curso de zootecnia tem um vasto mercado de trabalho, mas possui uma resistência no Rio Grande do Sul, pois sente que ela ainda tem pouco reconhecimento, destaca também que novos estudantes de zootecnia devem investir em sair do convencional e estudar muito a área de mercados, exportação e importação e supply and demand, focando também nas cadeiras básicas da faculdade que serão muito úteis no mercado de trabalho futuramente. Além de sempre se especializar na área que deseja atuar. Fernando também foca na importância de não se criar resistência a área de suinocultura e avicultura, áreas que sofrem um certo preconceito desde seus tempos de faculdade.
Ele acredita que o mercado no Rio Grande do Sul não é tão bom, e que a zootecnia em outros estados é mais valorizada, tendo pouca representatividade por ser vinculada ao conselho de medicina veterinária, não possuindo seu próprio conselho, o que limita a profissão.
“A partir do momento que tu se especializas e sai do estado, as chances de trabalho são melhores” afirma Fernando, que diz também enxergar pouca demanda de um profissional especialista no Rio Grande do Sul.
Esse foi um dos motivos de ele optar por cursar também agronomia, mas sempre sendo apaixonado pela produção animal, o que o trouxe de volta para a zootecnia, que é sua área de atuação até hoje.
