Precisamos aprender a termos mais empatia com as pessoas que estão lidando com autismo dentro de suas famílias, não faz mal nenhum tentarmos compreender o que acontece com o outro e julgarmos menos as pessoas, sermos menos egoístas e deixarmos de pensar em nós mesmos sempre. Muitas vezes você já achou uma criança sem educação ou desrespeitando os outros, é fácil criticar, o difícil é você tentar entender porque aquela criança ou adulto fez o que fez. Olhe mais a sua volta e veja se não é você que está agindo errado, porque você poderá ter dentro de sua família alguém assim, e não gostaria que tratassem seu familiar diferente.
Hoje entrevistamos a psicóloga Mariane Silveira Bonfiglio, do Alegrete – RS
O Transtorno do Espectro Autista – TEA ou Autismo não é considerado doença e sim uma condição do ser humano, que afeta sua forma de comunicação, comportamento, socialização e expressão de sentimentos.
É um transtorno sem causa definida, acredita-se que fatores hereditários, ambientais e genéticos contribuem para tanto, além de que não tem cura, apenas tratamento. É também de difícil diagnóstico, pois confunde-se com diversos outros transtornos e por vezes, por ser de grau mais leve, a criança não será diagnosticada, sendo tratada como tímida, quieta ou agitada.
Como cada pessoa é única, com o autista não é diferente. Cada um apresenta suas especificidades, seja na forma como se comunica, com dificuldades de olhar nos olhos, de falar, como entende ou expressa sentimentos e feições, como comporta-se, repetindo movimentos ou não conseguindo brincar de determinada brincadeira, como faz de contas, por exemplo.
Quanto antes for diagnosticado e o tratamento multidisciplinar (pediatra, psicólogo, psiquiatra, neuropediatra) iniciado, melhor será a evolução da criança, podendo muitas vezes levar uma vida autônoma e estável, dependendo claro, do grau do autismo (leve, moderado, grave).