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Um pouco de História do Brasil nas ruas do Rio

A memória de uma nação é fundamental para manter viva a indentidade cívica e militar de um povo que lutou pela independência do seu país.

Corneteiro Lopes

Na esquina da Rua Visconde de Pirajá com a Rua Garcia D’Ávila, em Ipanema, Rio de Janeiro, encontra-se a estátua de um soldado todo molengo, apoiado num poste para não cair e tocando uma corneta. O que pouca gente sabe é que aquela figura caricata é uma homenagem a um herói da História do Brasil. Um herói por acaso que mudou o curso da história de nosso país.⁣ 

Quando Dom Pedro I proclamou a Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, a guarnição portuguesa estacionada em Salvador rebelou-se e recusou-se a aceitar o novo regime. Foram, então, enviadas tropas brasileiras para dominar o motim e restabelecer a autoridade do Imperador na capital baiana. 

Os portugueses, mais numerosos, mais bem armados e mais bem treinados estavam ganhando a batalha. O comandante das forças brasileiras sentindo a derrota iminente ordenou ao Corneteiro Lopes que desse toque de “Debandar!”. Reza a lenda que Lopes, completamente embriagado, se confundiu e, em vez de “Debandar!”, deu o toque de “Avançar! Degolar!”.⁣ 

Diante da reação dos brasileiros, os soldados portugueses, convencidos de que os baianos haviam recebido reforços, bateram em retirada e as tropas do Imperador retomaram Salvador. Era o dia 2 de julho de 1823, que até hoje é comemorada como a data da Independência da Bahia e o conflito foi batizado como a “Batalha de Pirajá”. 

Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, um senhor de engenho baiano, foi um dos principais heróis da Independência da Bahia, e por isso foi agraciado por Dom Pedro I com o título de Visconde de Pirajá em 1826. Daí a homenagem eternizada em uma estátua de bronze ao Corneteiro Lopes ficar exatamente na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, Rio de Janeiro. 

Batalha de Pirajá

A batalha começou na madrugada do dia 8 de novembro de 1822, quando cerca de 250 soldados portugueses que desembarcaram em Itacaranha atacando a área do Engenho do Cabrito, enquanto um outro grupo avançava por terra até Pirajá. 

A vitória brasileira aconteceu no combate decisivo entre o Exército Pacificador e as forças portuguesas, chamada de a Legião Constitucional. A vitória do Exército Pacificador contribuiu com a Independência da Bahia, em 2 de julho de 1823. 

No comando das forças portuguesas na Bahia encontrava-se o comandante Inácio Luís Madeira de Melo, enviado por Portugal. O general francês Pedro Labatut foi nomeado pelo Príncipe-regente D. Pedro como o comandante do Exército Pacificador, que assumiria o comando das forças brasileiras que enfrentaram Madeira de Melo. 

Os heróis vivem na memória da nação

De fevereiro de 1822 a julho de 1823, as lutas na região da Bahia consolidaram a independência do povo brasileiro. É preciso destacar o 2 de julho como o dia em que nossos heróis firmaram o real sentimento de amor à Pátria e de nacionalismo.  

Na luta pela definitiva separação do Brasil de Portugal, brasileiros: brancos, negros, caboclos e índios, uniram-se para a consolidação da independência política do Brasil. Mártires e heróis destacaram-se nesse momento da nossa história, como: João das Botas, Corneteiro Lopes e Maria Quitéria de Jesus. 

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