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Tradição gaúcha: os arreios para montaria

O arreio é o conjunto de peças com que se encilha um cavalo para montar, muitas vezes serviram de cama para o gaúcho, quando precisavam descansar durante as viagens, e até hoje são usados em serviço ou em cavalgadas muito longas.

Os gaúchos tradicionalistas devem se atentar para a autenticidade do arreamento tradicional dos campeiros com o couro sendo o principal nas cordas do arreio, evitando-se as peças de nylon, borracha, esponja, metal e quaisquer outros materiais que venha a ferir o Tradicional Jeito Gaúcho de Encilhar um Cavalo.

Lombilho – é a peça principal dos arreios. Semelhante a sela, muito parecida com o serigote;

Serigote – é uma espécie de lombilho, mas diferente na cabeça e nos bastos;

Basto ou Bastos – é um lombilho de cabeça muito pequena;

Bastos ou Basteiras – são as partes acolchoadas e paralelas do serigote ou lombilho, que assentam no lombo do cavalo;

Baixeiro, enxergão, xergão, xerga ou suadouro – tecido de lã, grosso, de forma retangular, que é colocado sobre o lombo do animal, por baixo dos arreios, para a os outros apetrechos não ferirem o animal;

Carona – paço constituída de sola de couro que é colocada por cima do baixeiro ou xergão, e por baixo do lombilho;

Cincha – peça que serve para firmar o lombilho ou o serigote sobre o lombo do animal;

Pelego – é a pele de carneiro ou ovelha, com a lã natural e de forma retangular, que se coloca sobre os arreios para tornar macio o assento do cavaleiro.

Coxonilho – tecido de lã, que é colocado sobre os arreios, para cômodo do cavaleiro;

Badana – pele macia e lavrada que se coloca na encilha do cavalo de montaria, por cima dos pelegos ou do coxonilho, se houver; 

Sobrecincha – peça constituída de tira de couro ou sola, utilizada para apertar os pelegos ao lombilho;

Peitoral – peça colocada no peito do animal, estando presa à cabeça dianteira do lombilho;

Peiteira – é a tira de couro colocada no parelheiro, a peiteira é também chamada, comumente, de peitoral e vice-versa;

Rabicho – peça colocada por baixo do rabo do animal e presa ao lombilho;

Freio – embocadura metálica presa às rédeas e inserida na boca do animal, servindo para dar-lhes a direção, diminuir ou parar-lhes o movimento;

Rédeas – longas tiras de couro, ligadas à embocadura, as quais permitem ao cavaleiro dirigir a montaria.

Cabeçada – peça do couro que prendendo-se à cabeça do cavalo, serve para segurar-lhe o freio na boca;

Buçal – espécie de cabresto com focinheira, de couro, que é colocada na cabeça e pescoço do cavalo;

Buçalete – é um pequeno bucal; um cabresto aperfeiçoado;

Cabresto – peça de couro que é apresilhada ao bucal ou buçalete, utilizada para pegar o cavalo, no pasto, ou cabresteá-lo, puxá-lo;

Maneia – peça constituída de dois pedaços de couro ligados por uma argola, que serve para prender as patas do animal, ligando uma à outra, a fim de que o animal não possa fugir, onde cada um dos pedaços de couro, formadores da maneia, têm um furo em uma das extremidades e um botão na outra, envolvendo, como se fosse uma pulseira, a canela do animal maneado;

Mala de poncho – peça de couro de lona ou de brim em que se envolve o poncho enrolado, quando não está em uso, a fim de carregá-lo nos tentos, por trás da cabeça posterior do lombilho, descansando na garupa do animal;

Estribos – peças de metal com a forma de uma argola alongada que serve para o cavaleiro firmar o pé no momento de alçar a perna para montar e, depois, para firmar pés e pernas, quando montado, proporcionando o equilíbrio necessário ao cavaleiro, servindo, também, para sustentá-lo no momento de bolear a perna, ao desmontar.

 

 

 

 

Fragmentos e informações retiradas do texto de Wilson Godoy

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