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Suinocultura deve fechar 2020 com números positivos, projeta ABPA

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, são números recordes históricos a produção e exportação de carne suína

A produção e as exportações de carne suína devem encerrar 2020 com números positivos. É o que apontam os estudos e projeções apresentados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) durante entrevista coletiva nesta quarta-feira 9, por meio de videoconferência.

De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, diversos destes números são recordes históricos. É o caso da produção e das exportações de carne suína.

“Apesar do momento altamente desafiador vivido neste ano, com custos em patamares históricos e os impactos econômicos e sociais causados pela pandemia, a avicultura e a suinocultura do país fecharão o ano com resultados positivos. Ao mesmo tempo em que apoiaram o abastecimento de alimentos do país em meio à crise, fomentaram novas oportunidades de trabalho e a economia de centenas de cidades onde estão instaladas, com impacto direto na economia nacional”, avalia Santin.

Presidente da ABPA, Ricardo Santin

Segundo os números levantados pela ABPA, a produção brasileira de carne suína poderá alcançar até 4,3 milhões de toneladas neste ano, número 8% superior ao alcançado em 2019, com 3,983 milhões de toneladas.

Já as exportações do ano deverão, pela primeira vez, superar a casa de 1 milhão de toneladas, com total previsto de até 1,03 milhão, número 37% superior em relação às 750 mil toneladas exportadas em 2019.

No mercado interno, a disponibilidade total poderá totalizar 3,3 milhões de toneladas, número até 2% superior ao registrado em 2019, com 3,233 milhões de toneladas.

O consumo per capita deverá acompanhar o crescimento vegetativo da população, estabilizado em 15,3 quilos.

Fatores

Na avaliação do presidente da ABPA, assim como em 2019, a crise sanitária de Peste Suína Africana que impactou o rebanho suíno da Ásia, de parte da Europa e da África seguiu impulsionando as exportações brasileiras de aves e de suínos. “As nações asiáticas se consolidaram como principais importadoras das carnes de aves e de suínos do Brasil, e foram os principais vetores do resultado do ano nos dois setores”, explica.

Outro grande fator de impacto nos setores produtivos foi a pandemia de Covid-19. “No mercado interno, o programa de auxílio do governo federal foi determinante para a garantia de acesso às proteínas nos núcleos da população mais impactados pela redução da atividade econômica”, indica.

“No mercado internacional, os impactos no fluxo de passageiros retraíram a importação de grandes destinos islâmicos da proteína animal do Brasil, como os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita, especialmente no auge da crise pandêmica nestes países. Com a diminuição dos casos e retorno gradativo do turismo nestas nações, temos observado melhora significativa na venda destes mercados”, completa o diretor de mercados, Luis Rua.

Texto com informação da Assessoria

Foto: Divulgação

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