As benzedeiras e rezadeiras existem desde que o mundo é mundo, muito nos curaram desde o princípio da vida e ainda sobrevivem a este mundo cheio de imperfeições, egoísmo e preconceituoso.
Elas são pessoas típicas das regiões remotas, por vezes sendo a primeira opção de cura nos lugares onde os médicos e medicamentos eram e ainda são escassos ou inacessíveis.
A origem dessas mulheres vem da influência de pajés indígenas e também da cultura africana, nas regiões onde predominou a colonização com a mão-de-obra escrava do negro.
Com certeza, hoje os tempos são outros, mas a cultura de rezar e benzer ainda existe na nossa atualidade, na modernidade dos dias de hoje ainda encontramos benzedeiras e rezadeiras.
Temos pessoas que rezam muito e acreditam na cura por meio da benzedura, chamamos isso de FÉ, mantendo a cultura da oração ou o ato de benzer do modo que lhe foi ensinado pelos seus pais ou avós, monstrando a tradição por centenas de anos.
Vem junto com a benzedura, as rezas, os chás, as ervas, os banhos, os ungüentos e os cantos que acabam dando a cura as pessoas que lhes procuram, tudo isso com muita fé em Deus.
Elas conseguem combater dores na coluna, nos músculos, problemas nas articulações, reumatismo, quebranto, mau olhado, problemas estomacais, inveja, picadas de insetos, verrugas, depressão, ansiedade, afecções renais, dores de cabeça e muitas outras dores.
As benzedeiras usam em alguns benzimentos a brasa e ramos de uma planta. A brasa é acesa e colocada em um copo de água, enquanto algumas palavras são pronunciadas pela benzedeira. A brasa é colocada no copo e se afundar, significa que a pessoa está carregada de energias negativas. O bom é que a pessoa benzida fique de pés descalços durante o ato de benzer.
Em outros casos acende-se uma vela branca e reza-se um Pai Nosso, uma Ave Maria, um Salve Rainha e um Credo.
A fé está bem perto de nós, como também essas mulheres sábias e iluminadas que curam males através das rezas e das benzeduras.
Escritora
