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Servidores da Funai reivindicam por plano de cargos

Durante o evento que comemorou o retorno dos 15 quadros do fotógrafo Sebastião Salgado à sede da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), nesta segunda-feira (17), diversos servidores levantaram placas coloridas reivindicando o plano de carreira no órgão.

De acordo com a chefe de gabinete do Ministério dos Povos Indígenas, Jozileia Kaingang, que na ocasião representava a ministra Sônia Guajajara lamenta que após 60 anos de criação, a Funai não tenha plano de carreira para valorizar os profissionais. No entanto, ela afirmou que uma minuta de Medida Provisória já foi elaborada pela pasta e que o assunto está sendo dialogado com congressistas e com o presidente Luís Inácio Lula da Silva (Lula).

“Os profissionais da Funai precisam ter um plano de carreira que os valorizem. Muitos dão a vida pelos povos indígenas, como o indigenista Bruno Pereira. Um plano de carreira é promover a dignidade dos povos indígenas”, disse Jozileia Kaingang.

Caso a ideia seja aceita pela cúpula do governo, precisará ser aprovada pelo Legislativo para que o plano possa constar no orçamento de 2023.

Ainda segundo cálculos do MPI, a MP exigiria investimentos da ordem de R$ 315,5 milhões no próximo ano, com acréscimos graduais que chegariam a R$ 317,7 milhões em 2026. Atualmente, os valores investidos no funcionalismo do órgão são de R$ 271 milhões.

A medida alcançaria os atuais 1.343 servidores ativos, os 1.684 aposentados e os 807 instituidores de pensão. Sonia Guajajara afirma que a valorização dos servidores da Funai seria também uma forma de beneficiar os povos indígenas, público-alvo da autarquia.

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