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Sepror está mobilizada para que não falte alimentos

Produtores rurais combatem coronavirus com prevenção

O secretário da Produção Rural do Amazonas, Petrucio Magalhães, concedeu entrevista ao portal www. agroflorestamazonia.com. Nela, ele destaca as linhas gerais de atuação da Sepror, no setor primário, frente à pandemia do coronavirus.
A seguir a entrevista exclusiva nesta Semana Santa, onde o fornecimento de peixes à população de baixa renda e as pessoas vulneráveis, é o gesto de solidariedade mais evidente neste momento de quarentena. 

1)Qual é a sua mensagem para os produtores rurais na Semana Santa – Paixão de Cristo e Páscoa?
R – O AGRO não para. Mesmo em tempos de pandemia, o agro não parou. É óbvio que os produtores estão tendo que cumprir medidas sanitárias e cuidados estabelecidos pela OMS e Ministério da Saúde, mas a agropecuária é essencial para a vida, pois a boa alimentação fortalece o organismo para evitar o corona vírus e outras doenças.

2) Como está sendo feito o trabalho de assistência técnica aos produtores da agricultura familiar neste momento de coronavírus?
R – A assistência técnica também teve que se adaptar a novo momento de isolamento social, mas não parou. Os 66 escritórios do IDAM no interior estão funcionando em sistema de rodízio, atendimento muitas vezes individual do produtor rural para evitar aglomerações.

3) De que maneira estão sendo e serão distribuídos os peixes na Semana Santa, especialmente junto à população de baixa renda e aos necessitados especiais?
R – Essa é uma das medidas anunciadas pelo Governador Wilson Lima para o setor primário. Ela tem uma dupla importância, injeta meio milhão de reais na piscicultura regional e doa peixe para pessoas carentes de Manaus. As doações são feitas por meio das secretarias SEAS, SEJUSC e FPS para entidades filantrópicas credenciadas. Dessas entidades o alimento chega ao cidadão de baixa renda.

4) Como o senhor tem atuado junto com o governador e o vice governador neste momento de enfrentamento ao coronavirus?
R – O foco do Governo do Amazonas hoje é a saúde, salvar vidas. Assim como existe uma preocupação muito grande com a segurança pública também. Mas os anúncios feitos para o setor agropecuário com a formação do comitê de crise formado entre poder público e iniciativa privada (SEPROR, ADS, FAEA e OCB) tem mantido contato permanente com os nossos governador Wilson Lima e vice-governador Carlos Almeida Filho atualizando a situação do setor primário que não pode parar.

5) Ha risco de desabastecimento de alimentos à sociedade, em decorrência das medidas preventivas ao coronavirus adotadas pelo Estado?
R – Não, temos acompanhando isso diariamente, inclusive vendo a movimentação de barcos vindos do interior para a capital, trazendo alimentos. E também conversando com os gerentes dos IDAM´s para saber do escoamento da produção rural se está havendo dificuldades.

6) Como os produtores rurais estão entregando seus alimentos? Como o Estado está ajudando na logística?
R – Na região metropolitana, cinturão verde no entorno da capital, com grande número de produtores rurais, não estamos tendo muitos problemas. Inclusive o Governo dispõe de logística por meio da ADS e junto com o Sistema SEPROR temos atendido esses produtores e piscicultores com nossos caminhões e técnicos. No interior, nas calhas dos rios, agricultura muitas vezes caracterizada pela várzea e em razão do tamanho continental do nosso estado, reside nossa maior preocupação. Se for necessário poderemos eventualmente socorrer esses produtores.

7) A vacinação da primeira fase da vacina contra aftosa está acontecendo.Qual a orientação aos pecuaristas neste momento?
R – Essa é uma preocupação, e fizemos um esforço muito grande, SEPROR, ADAF e IDAM para que essas vacinas chegassem aos municípios do interior para garantir a vacinação do nossos 1,5 milhões de cabeças. A campanha continua e nossos técnicos estão empenhados para garantir a sanidade animal que é uma questão de saúde pública também.

8) O que está sendo feito para manter as ações do Plano Safra 2019/2020 minimamente ativas, sem comprometer o abastecimento de alimentos e a economia do setor primário?
R – É claro que ninguém imaginava que isso fosse acontecer. O mundo foi surpreendido. Estamos tendo que reajustar todo nosso planejamento e orçamento de 2020. Eventos programados já foram cancelados, como é o caso do Seminário Produzir Amazonas. Outras ações terão que ser revistas, mas ainda assim acredito que o setor primário será o primeiro a dar respostas positivas à economia. Sempre foi assim o AGRO puxa os demais setores da economia.

9) Qual a estratégia de enfrentamento da Sepror se a pandemia se agravar ainda mais?
R – Sabemos que isso uma hora vai passar, os especialistas afirmam categoricamente. Os países que primeiro foram afetados com a Covid-19 como China e a Itália já estão retornando aos poucos às atividades econômicas. Estamos acreditando que isso aconteça no Brasil também, estaremos prontos para ajudar o setor.

10) Como estão as entregas de sementes e equipamentos agrícolas aos produtores rurais?
R – Estamos aguardando a chegada das sementes de milho que é uma parceira da SEPROR, IDAM com a CONAB para doação aos produtores rurais. Assim que chegar iremos distribuir para os escritórios do IDAM no interior que fará chegar aos agricultores familiares. Temos também vários equipamentos agrícolas e da piscicultura para serem entregues e iremos aguardar passar esse momento para fazermos as entregas. As rações de peixe por terem prazo de validade estão sendo entregues pessoalmente aos piscicultores visando evitar aglomerações e disseminação do corona vírus.

11) Como Idam, ADS, Adaf, Sepa e demais órgãos da Sepror estão atuando neste momento de pandemia?
R – Estamos realizando muitas reuniões por videoconferência, executando as medidas anunciadas pelo Governador Wilson Lima como por exemplo a revogação da Portaria 087/2018 do IPAAM sobre licenciamento ambiental, continuidade do PREME via PAF, renegociação de dívidas dos produtores junto a AFEAM e disponibilizando crédito emergencial para os produtores rurais. Além disso estamos replanejando nosso plano safra e todas as nossas ações para o momento pós corona vírus.

12) Como o Mapa tem ajudado o setor primário amazonense neste momento?
R – Tivemos uma reunião por videoconferência com a Ministra Tereza Cristina nesse momento de pandemia. Foi muito positiva, porque falamos dos nossos problemas aqui no estado e pedimos apoio para os nossos produtores rurais. Muitos dos nossos pedidos já estão sendo atendidos pela Ministra, como a continuidade do PNAE na merenda escolar mesmo com as aulas suspensas, renegociação de dívidas dos produtores nos bancos federais, aumento da cota da SEPROR no PAA, política de redução do preço do milho via CONAB, entre outras medidas. Após a reunião, protocolei um ofício no MAPA com todos esses pedidos. Temos mais de 7 milhões de convênios com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e iremos executá-los assim que isso tudo passar para fomentar e impulsionar o setor primário. Essa é a determinação do nosso Governador.

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