Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinar o decreto que cria a personalidade jurídica do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), permitindo que o Centro tenha autonomia e possa receber recursos privados, o senador Omar Aziz (PSD) fez uma proposta ao presidente para aumentar o orçamento do CBA.
De acordo com o senador, a ideia seria destinar ao CBA parte do valor de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) já pago pelas indústrias de Manaus.
Senador Omar propõe destinar percentual de P&D pago por indústrias em Manaus para aumentar orçamento do novo CBA, o que abriria a margem de investimento do Centro para mais de R$ 300 milhões. O orçamento previsto para o CBA, atualmente é de pouco mais de R$ 47 milhões.
“Nossos segmentos hoje se resumem a eletroeletrônicos, informática e duas rodas. Tem áreas hoje que poderiam estar produzindo, por exemplo pau-rosa, o maior fixador de perfume usado na indústria de cosméticos. Precisamos fomentar uma indústria de fármacos e cosméticos, mas para isso precisa pesquisar. A matéria-prima nós temos, falta investir mais na pesquisa para transformar isso em produtos e chegar nesse ambiente de negócios”, reforçou o senador.
Após duas décadas, o Governo Federal assinou o Decreto Presidencial que qualifica a Organização Social (OS) responsável pela gestão do agora denominado Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA).
A partir de então, o CBA deixa de ser vinculado à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e passa a ser gerido pelo consórcio liderado pela Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (Fuea), em conjunto com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT-SP). Com personalidade jurídica própria, terá autonomia para captar recursos e ampliar atividades.
A iniciativa permitirá ao Centro multiplicar seu orçamento e desenvolver tecnologias e novos negócios a partir dos recursos naturais da Amazônia.