É necessário ter cautela e fazer cálculos para não vender a futuro mais do que tem, indica diretor da Pharos Consultoria
A safra de café em Minas Gerais deve ter uma queda de 42% em relação à temporada 2020, de acordo com o primeiro levantamento da safra de café divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A produção é estimada em 22 milhões de sacas na região.
Para o diretor da Pharos Consultoria, Haroldo Bonfá, a queda na produção foi um susto. “O pessoal imaginava um volume menor, já que estamos em ano de safra baixa, mas uma queda desse tamanho impactou demais o mercado”, relata.
Com perspectivas de oferta reduzida e alta demanda, Bonfá indica o produtor rural a ter cautela no comércio do grão. “O produtor já está vendendo o ano 21, com pessoas vendendo até o ano 22 e 23, então é preciso ter sangue frio para não se comprometer. Faça cálculos para ver se consegue cumprir”, aponta.
Avanço em janeiro
No balanço do mês de janeiro, o Indicador do CEPEA – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/ESALQ) do café arábica tipo 6, posto na capital paulista, teve média de R$ 639,71/saca, avanço significativo de 45,38 Reais por saca (ou de 7,6%) em relação à de dezembro/20. Frente a janeiro/20, a alta foi de 33,46 Reais por saca (ou de 5,5%), em termos reais – valores deflacionados pelo IGP-DI de dez/20.
Segundo pesquisadores do Cepea, a valorização do arábica no mercado interno se deve aos avanços do dólar e dos futuros, à procura firme e à retração vendedora.
A média da moeda norte-americana em janeiro foi de R$ 5,358, elevação de 4,2% na comparação com dezembro. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), a média de todos os contratos foi de 126,33 centavos de dólar por libra-peso, 3,1% superior à de dezembr
Fonte: Conab, Cepea e Pharos Consultoria
Fotos: Divulgação