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Rugidos e Poder: A Ascensão dos Bravateiros Globais

Por professor José Melo,  ex-governador do Estado do Amazonas 

Lembro-me de um colega de escola apelidado de “Bravateiro” — tudo nele era exagerado, sempre no superlativo. Nunca mais o vi, mas, ao observar o cenário global, percebo que os bravateiros continuam em alta.

Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente do Brasil.
Nicolás Maduro, Presidente da Venezuela.
Javier Milei, Presidente da Argentina.

Aqui na América do Sul, o presidente Luiz Inácio e o líder da Venezuela se destacam nessa arte, enquanto Javier Milei, da Argentina, ainda parece um “aprendiz”. Na Europa, ninguém supera o presidente russo, e, na Ásia, Kim Jong-un segue como referência absoluta.

Vladimir Putin, Presidente da Rússia.
Kim Jong-un, Líder supremo da Coreia do Norte.

Hoje, porém, quero focar em Donald Trump, a grande estrela do momento. Diferente dos demais, suas bravatas são calculadas e estratégicas. Durante o governo Biden — marcado por uma liderança fraca e, por vezes, confusa — os EUA perderam parte de sua hegemonia global. A guerra entre Israel e grupos extremistas, por exemplo, poderia ter sido evitada se houvesse uma intervenção americana mais firme desde o início. O mesmo vale para o conflito entre Rússia e Ucrânia, além do avanço da China e da crescente ousadia da Coreia do Norte.

Donald Trump, 45º e 47º presidente dos Estados Unidos.

Trump, por sua vez, decidiu dar seu recado ao mundo, rugindo como um leão imponente: “sou capaz de tudo”. Ele sabe que foi eleito com o apoio de bilionários do petróleo e das big techs, e seu primeiro discurso deixou claro que pretende explorar ao máximo as vastas reservas de petróleo e gás dos EUA, enviando um forte aviso à OPEP.

Como empresário de sucesso, Trump conhece bem o jogo do poder. Ele sabe que, para se manter no topo, precisa rugir alto — algo que faz não apenas para proteger seus aliados e financiadores, mas também para fortalecer a economia americana diante da ascensão chinesa.

O impacto dessas ações na geopolítica mundial e na economia global ainda é incerto. No entanto, seria prudente que nosso “bravateiro tupiniquim” refletisse um pouco mais antes de falar. Afinal, ouvir mais e falar menos sempre foi um bom conselho na hora de tomar decisões importantes.

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