O 40º presidente dos Estados Unidos (1981-1989) contribuiu para o desenvolvimento de um forte sentimento de afeição nacional entre os norte-americano
Um olhar da América nas palavras e na filosofia do ex presidente americano Ronald Reagan mostra as diretrizes básicas da Democracia da maior potência econômica e militar do planeta
Ronald Reagan é muito conhecido por viver dois mundos, tanto na política, como no cinema. O 40º presidente dos Estados Unidos (1981-1989) nasceu no estado de Illinois, na cidade de Tampico. Durante período na Casa Branca, Reagan contribuiu para o desenvolvimento de um forte sentimento de afeição nacional entre a população. Foi a partir de Reagan que os norte-americanos emergiram em si uma autoconfiança nacional.
Depois de 69 dias no cargo, o novo presidente sofreu um atentado, sendo baleado. Ao recuperar-se, sua popularidade e o sentimento da população americana se multiplicou. Entre um bom relacionamento com o Congresso e uma liderança marcante, Reagan conseguiu mudanças importantes.
Já no plano globalizado, as metas incluíam a restauração econômica da nação. Além disso, era aliada uma proposta indireta de paz à nação que via o fim encaminhado da URSS.
A União Soviética o império do mal
Logo no início de seu primeiro mandato (1981) Reagan intensificou as sanções econômicas contra a União Soviética e a repressão aos regimes de esquerda da América Central e no Caribe.
Tinha uma visão muito clara de que a União Soviética era um “império do mal” e tinha de ser derrotada. Mas, na hora de negociar com Mikhail Gorobachev, foi pragmático.
Seu talento para negociar levou à construção de tratados, em especial em 1987, que selava as bases para o fim da Guerra Fria.
Ao mesmo tempo, retomou a corrida armamentista, implantando uma política intimidadora aos soviéticos.
Em 1983 interveio em El Salvador, Nicarágua e Granada, na América Central, afastando os governos que não atendia aos interesses de seu país na região.
Na Nicarágua, até o final da década, intensificou as pressões aos sandinistas, apoiando abertamente os guerrilheiros contra revolucionários e fazendo sucessivas ameaças de sua ação militar na região, semelhante à que empreendera em Granada.
Ronald Reagan iniciou um programa militar que ficou conhecido como Guerra nas Estrelas, sofisticado projeto bélico que visava proteger os Estados Unidos contra possíveis mísseis inimigos. Após sofrer pressões, o projeto não chegou a ser implantado.
Na economía
O desenvolvimento econômico interno ocorrido durante seu primeiro governo garantiu-lhe popularidade e permitiu que se reelegesse em 1984.
Apesar de ser lembrado como um presidente que cortou impostos, ele também se viu obrigado a elevar taxas e intensificar uma política de cortes de gastos públicos.
Fez a reforma da imigração um ponto chave de seu mandato. Ele acreditava que qualquer cidadão que estivesse trabalhando e pagando impostos nos Estados Unidos tinha o direito de regularizar sua situação, caso estivesse ilegal.
Reagan foi ainda responsável por aumentar a contribuição previdenciária. Agia como exímio negociador e não hesitava em fazer concessões aos democratas em nome de um objetivo maior.
O episódio que ficou conhecido como “Irã-Contras” foi um dos maiores fracassos de seu governo. Descobriu-se que oficiais dos Estados Unidos negociavam armas com o regime do aiatolá Khomeini em troca de apoio para libertar reféns americanos no Líbano
Guerra ao terrorismo
Bombardeios estadunidenses foram enviados contra a Líbia sob ordens de Reagan. O motivo teria sido um suposto ataque de soldados do país contra militares norte-americanos em uma boate na Berlim Ocidental. Ainda no campo do combate ao terrorismo, ordenou que frentes navais se deslocassem até o Golfo Pérsico. O intuito era coordenar o fluxo liberado de óleo em meio à guerra entre o Irã e o Iraque.
Seu governo também foi marcado por medidas que boicotassem a expansão do comunismo. Na América Central, na Ásia e na África, por exemplo, promoveu incentivo aos países que desvirtuassem do ideal socialista. A partir desta medida, Ronald Reagan ganhou ainda mais apoio popular, fazendo com que os EUA vivessem um período áureo.
Início na política
Ronald Reagan iniciou sua carreira política como membro do Partido Democrata. Juntou-se a numerosos comitês políticos com forte orientação de esquerda.
Impulsionado pela atriz republicana Nancy Davis, sua futura esposa, começou a se aproximar da direita, mas apoiou os candidatos republicanos à presidência da república.
Em agosto de 1962, Reagan aliou-se ao Partido Republicano e declarou: “Eu não deixei o Partido Democrata, o partido foi que me abandonou ao idolatrar Karl Marx, Vladimir Lênin e Josef Stálin.
No final de 1965, Ronald Reagan anunciou sua candidatura ao governo da Califórnia, para a eleição de 1966. No dia 8 de novembro foi eleito com 57,65% dos votos válidos. No dia 2 de janeiro de 1967 foi empossado como o 33.º governador do Estado.
Em 1970, concorreu a reeleição. Um dos assuntos mais debatidos foram os gastos sociais. Prometeu reformar a previdência, cortar os gastos de bem-estar e exigir que os beneficiários procurassem empregos.
Em 3 de novembro de 1970 foi reeleito. Em 1971 sancionou a reforma do sistema de bem-estar social, que diminuiu o número de assistidos.
Apesar da legislação permitir um terceiro mandato, em 1974, Reagan não tentou a reeleição. Em 1975 foi sucedido pelo secretário de estado democrata Jerry Brown.
Vida Pessoal
Em 26 de janeiro de 1940, Ronald Regan casou-se com a atriz Jane Wyman, sua companheira no filme Brother Rat. O casal teve dois filhos. Em 1949 estavam com o processo de divórcio concluído.
Ainda em 1949 Reagan conheceu Nancy Davis. No dia 4 de março de 1952 casaram-se na Little Brown Church, no Vale de São Fernando. Juntos tiveram dois filhos.
Doença e morte
Em 1994, e já afastado de cargos públicos, Reagan anunciou que sofria mal de Alzheimer. Esta doença degenerativa acabou por provocar desorientação em um dos presidentes mais populares dos EUA.
No dia 5 de junho de 2004, aos 93 anos, Reagan falece em decorrência de uma forte pneumonia.
Com informação do ebiografia
Fotos e vídeo: Divulgação