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Protagonismo do Brasil durante a COP26 reposiciona o país em agenda ambiental mundial

Secretaria de Clima e Relações Internacionais destaca atuação política e ações que se tornaram vitrine do Brasil durante a Conferência do Clima das Organizações das Nações Unidas.

A participação do governo brasileiro na Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (COP26) foi destaque no ano de 2021. Com o maior estande da história já montado e uma COP, o Brasil assumiu publicamente importantes compromissos, como o fim do desmatamento ilegal na Amazônia até 2028, além de ter sido protagonista nas negociações que resultaram na criação do mercado global de carbono.  

Para o secretário de Clima e Relações Internacionais do MMA, Marcus Paranaguá, esse foi o maior desafio do ano. “Sem um acordo na COP anterior, iniciamos as negociações com a missão chegar a um acordo para a criação do mercado de carbono, além de mostrar o que estávamos fazendo para atingir metas”, afirma Paranaguá.

Segundo ele, nos últimos meses antes da Conferência o foco era negociar. Para isso, mais de 12 reuniões com representantes de outros países chegaram a ser realizadas em apenas um dia. Ao todo, foram mais de 50 encontros, com 48 países. “Essa atuação política permitiu que o Brasil chegasse em Glasgow com capital político, com uma atitude proativa. Mostramos que o Brasil não seria um obstáculo para que se chegasse a um acordo”, destaca.

Durante a COP26, em Glasgow, na Escócia, além de participar das discussões e levar programas de sucesso em execução, o Ministério do Meio Ambiente montou um estande virtual para mostrar a integração de todo o governo brasileiro com a política ambiental. “O Brasil mostrou, não só dentro da sala de negociação, mas do lado de fora, no estande, aquilo que o mundo precisa conhecer do Brasil”, reforçou o secretário.

De acordo com Paranaguá, outra importante ação foi mostrar que a iniciativa privada também estava de mãos dados com o governo no combate à redução das emissões de CO2. Ele citou parcerias importantes com os setores sucroenergético, de biogás e organizações como as confederações nacionais da Indústria (CNI) e da Agricultura (CNA).

O acordo para a criação de um mercado mundial de crédito de carbono, liderado pelo Brasil, foi o resultado do esforço do governo nas negociações e atuação junto aos países.   Marcus Paranaguá avalia que o Brasil tem muito a ganhar com uma nova economia verde que surge em todo o mundo. “Estamos prontos pra seguir neste mercado de carbono, que será o grande tema em discussão nos próximos anos nas empresas, no setor financeiro, com o novo mundo que se abre”, destaca.

Outra ação diplomática importante na política ambiental é a cooperação com outros países para que possam executar programas baseados na experiência brasileira.  “Estamos, inclusive, oferecendo cooperação com outros países na área de florestas e com o programa Lixão Zero. O Marco Legal do Saneamento também é uma vitrine e ganhou visibilidade com todas as ações que estão sendo realizadas. O aproveitamento dos resíduos é um case que deve ser levado para todo o mundo e nós já temos avanços normativos”, explica Paranaguá.

O diretor do departamento de Clima do MMA, Paulo Toledo, ressalta que entre os programas apresentados durante a COP26 estão ações de combate à desertificação. O Projeto de Manejo de Uso Sustentável da Terra no Semiárido do Nordeste Brasileiro, realizado em Sergipe, por exemplo, recebeu investimento de R$ 116 milhões para a recuperação de oito nascentes, implantação de sistemas de integração da lavoura e pecuária, construção de fogões ecológicos e de 90 cisternas de captação e armazenamento de água.

Mais de 2 mil famílias são atendidas, mobilizando a população local em uma parceria entre governos Federal e Estadual. Toledo afirma ainda que o Ministério do Meio Ambiente também investiu R$ 65 milhões, entre 2019 e 2020, para conversão tecnológica de 163 empresas de espumas de poliuretano e refrigeração, além de treinamento para mais de 3 mil técnicos. O setor responde por 82% do consumo de HCFC-22, substância que agride a camada de ozônio. A ação tem como objetivo reduzir vazamentos, incentivar tecnologias mais sustentáveis e têm meta para conversão de mais de 336 empresas até 2024.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

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