
O projeto do PRAVALER iniciou as primeiras ações de mobilização e seleção dos produtores que serão beneficiados pela iniciativa e que também receberão ATeG (Assistência Técnica e Gerencial) do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) no município de Boca do Acre, no Amazonas.
O intuito é mostrar ao produtor, na prática, como alcançar a regularização ambiental prevista no Código Florestal Brasileiro e ainda obter possibilidade de retorno econômico.
A execução do projeto é resultado de um Acordo de Cooperação Técnica envolvendo a Faea (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas), Sema (Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas), Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas), Idam (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas) e prefeitura local.
A iniciativa é da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e da Embrapa, com a parceria do Sistema Florestal Brasileiro e da Agência de Cooperação Alemã.
Segundo o presidente da Faea, Muni Lourenço, foram realizadas reuniões de mobilização no Sindicato Rural de Boca do Acre e visitas técnicas às propriedades integrantes do projeto. Ele destaca a importância da proposta de integração da ATeG aos produtores do PRAVALER, o que irá proporcionar orientação técnica para a recuperação de vegetação da propriedade, com base nas recomendações oriundas do Projeto Biomas.
“Estamos confiantes do sucesso da iniciativa, que proporcionará suporte e apoio para que os produtores rurais resolvam seus eventuais passivos ambientais, obtendo a regularização ambiental e melhorando a renda da atividade rural”, afirmou.
De acordo com a coordenadora executiva do Projeto Biomas na CNA, Cláudia Mendes, as atividades iniciais envolveram 31 produtores que já são atendidos pelo Idam e 32 produtores que receberão ATeG do Senar.
“O maior desafio que prevíamos seria aproximar a Assistência Técnica e Extensão Rural realizada pelo Idam com a ATeG oferecida pelo Senar. Essa troca de informações e cooperação é fundamental para o projeto e já está acontecendo”, disse.
Conforme o coordenador do programa ATeG no Amazonas, Rodrigo Guimarães, o objetivo das mobilizações foi visitar as propriedades, apresentar as iniciativas e verificar o perfil dos produtores que participarão das ações.
“A mobilização foi um sucesso. Os produtores absorveram bem o objetivo e demonstraram entusiasmo com o início das atividades”, declarou.
O consultor da GIZ e supervisor ambiental do projeto piloto, Josimar Silva, também ressalta o envolvimento dos produtores. Ele conta que as visitas ajudaram a esclarecer dúvidas e a explicar as etapas previstas. A próxima fase será a análise detalhada das condições ambientais das propriedades para estruturação dos planos de ação e das metodologias a serem adotadas.
“Eles estão com uma esperança muito grande e as nossas perspectivas são as melhores possíveis. Ficamos impressionados com a receptividade e a vontade de eles participarem”, avaliou.
O projeto tem duração estimada de cinco anos. A partir da fase piloto devem sair orientações e especificações para a ampliação nos demais municípios e regiões do Brasil.
*Com informações da assessoria Fotos: Divulgação