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Programas da ADS aquecem economia do setor primário

Responsável pela comercialização da matéria prima, ADS coordena programas de feiras de produtores regionais; movelaria para escolas públicas; e balcão de agronegócios para os supermercados locais.

Produzir hortaliças ao lado apenas da esposa e depender sempre dos atravessadores e da venda na porta do sítio para escoar a produção. Essa era a rotina do produtor rural Carlos Gomes, 48, que viu sua realidade mudar ao iniciar a venda de seus produtos diretamente ao consumidor, em uma das Feiras de Produtos Regionais promovida pela Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS) no Amazonas. Hoje ele emprega dois funcionários em seu negócio e comemora a venda garantida nesses espaços.

“Eu vivia isolado no sítio, vendendo para atravessador. Essas feiras nos tiram do anonimato, deixam de lado o atravessador, aí a gente agrega valor ao produto e fica bom para o cliente e para nós produtores”, comemora Gomes.

O programa de Feiras da ADS está entre as principais ações desenvolvidas pela empresa em 2019, ao lado de outras como o Balcão de Agronegócios, o Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme), o Programa de Regionalização do Mobiliário Escolar (Promove) e a subvenção econômica da juta e da malva.

De acordo com dados divulgados pela ADS, as Feiras de Produtos Regionais, na capital e no interior, movimentaram mais de R$ 23 milhões com a comercialização de mais de 7.593.004 toneladas de alimentos. A ADS destaca que expandiu fronteiras no ano passado, e inaugurou novas feiras nos municípios de Nhamundá, Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Tabatinga, Manicoré, São Paulo de Olivença, Atalaia do Norte, Maués, Benjamim Constant e Parintins.

Pequenos produtores

A iniciativa é voltada aos pequenos produtores do Estado, como é o caso do produtor Carlos Gomes. Ele conta que tem uma pequena produção no município de Manacapuru, a 99,8 quilômetros de Manaus, e todas as terças-feiras vem à capital para vender os produtos na feira que é montada no estacionamento de um dos grandes shoppings da cidade. Para ele, é fácil explicar a razão do modelo de negócio ser vantajoso para os produtores rurais e para os consumidores das feiras.

“Ficou bom para o cliente porque o atravessador compra o nosso produto a R$ 2,00; vende para o feirante a R$ 3,00; e chega ao consumidor por R$ 4,00 ou R$ 5,00. Hoje o produto que a gente vende de R$ 2,00 lá no sítio, a gente vende aqui na feira a R$ 3,00, fica bom para o cliente e para nós”, afirma o produtor. Ele afirma que o pequeno acréscimo no valor é necessário devido aos custos de logística e valor agregado, como o uso de embalagens. O faturamento médio gira em torno de R$ 6 mil por mês, apenas com as vendas na feira da ADS.

O produtor Frank de Melo dos Santos também elogia essa iniciativa que levou os próprios produtores a comercializarem seus produtores em espaços com ótima localização. O produtor comenta que seu sítio fica localizado em Iranduba, município a 36,8 quilômetros de Manaus, e que precisou fazer investimento para melhorar a logística para trazer os produtos.

“Essas feiras são um projeto bom para nós, o carro que nós compramos financiado para trabalhar, nós conseguimos pagar com o nosso trabalho, foi uma forma de levantar o dinheiro de forma mais rápida do que estar entregando o nosso produto só lá na nossa porta”, afirmou. Ele acrescenta que gostaria de ver o programa se expandir cada vez mais para que mais colegas de profissão possam participar das feiras.

De acordo com a ADS, a atual gestão do governo do Amazonas investiu mais de R$ 2 milhões na ampliação das feiras no interior. “Com a ampliação do programa de feiras, a Agência hoje atende mais de 2.867 mil produtores rurais da agricultura familiar, artesãos e empreendedores no estado”, comentou o presidente da ADS, Flávio Antonio Filho.

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