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Professor recebe prêmio do Conselho Nacional de Arqueologia por dissertação sobre Terra Indígena Tupinambá no Rio Tapajós

Professor substituto do curso de Arqueologia da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), Hudson Romário Melo de Jesus venceu o 11º Prêmio Luiz de Castro Faria, promovido pelo Centro Nacional de Arqueologia (CNA), unidade especial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que reconhece pesquisas acadêmicas de excelência com temática relacionada ao Patrimônio Arqueológico brasileiro.

A premiação foi conferida ao professor Hudson Melo pela dissertação intitulada “Yané Redáwa Tedáwa São Francisco: Arqueologia ancestral na Terra Indígena Tupinambá, Rio Tapajós, Amazônia”. O trabalho foi desenvolvido sob a orientação da arqueóloga professora doutora Lorena Garcia, no curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Conhecimento da Ancestralidade

O estudo foi realizado com povo Tupinambá da aldeia São Francisco e buscou refletir e contribuir para o conhecimento da ancestralidade indígena na região do baixo Tapajós, Amazônia brasileira. A utilização de metodologia de levantamento arqueológico foi orientada pela perspectiva teórica das arqueologias indígenas, fundamentada nas arqueologias contemporâneas e etnografias arqueológicas.

Cerâmica do povo tubinambá da região do Rio Tapajós é citada na dissertação do professor Hudson Romário Melo de Jesus — Foto: Acervo da pesquisa

Cerâmica do povo tubinambá da região do Rio Tapajós é citada na dissertação do professor Hudson Romário Melo de Jesus — Foto: Acervo da pesquisa

“A partir destas perspectivas abordamos temas como território, lugares significativos, memória e tradição oral. Os resultados da pesquisa foram interpretados através da lente da vida diária na aldeia e da experiência enquanto arqueólogo. Nossa Terra Indígena Tupinambá possui um longo histórico de ocupação indígena, registrado através de datações arqueológicas na aldeia antiga Jacaré com antiguidade de 3.800 anos antes do presente”, explicou Hudson.

A história oral Tupinambá no rio Tapajós indica que os ancestrais já ocupavam a região antes da chegada dos primeiros europeus. “O estudo trata da territorialidade Tupinambá e de nossa própria interpretação das cerâmicas arqueológicas”, pontuou.

Acesso

A dissertação está disponível no Repositório Institucional da Universidade Federal de Sergipe – RI/UFS, com o seguinte título: Yané Redáwa Tedáwa São Francisco: arqueologia ancestral na terra indígena Tupinambá, Rio Tapajós, Amazônia. Link de acesso AQUI.

Fonte: Ufopa

*G1 Pará

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