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Pragas do campo: o crescente número de javalis no Rio Grande do Sul

O javali, é um artiodáctilo da família Suidae, do género Sus. Sendo nativo da Europa, Ásia, Ilhas Sonda e Norte da África, os javalis foram trazidos para o Brasil em 1989, vindos do Uruguai, pelo Rio Grande do Sul. Sem predadores naturais, eles se multiplicaram rapidamente, sendo considerados uma praga nos dias de hoje.

 

Os javalis são animais grandes, podendo os machos pesar até 250 kg, medindo no máximo 1,80 metros de comprimento. Os caninos inferiores são enormes e curvados para cima, chegam a ter 12 cm de comprimento de parte exposta, sendo usados como forma de ataque e defesa. Sua expectativa de vida selvagem fica em torno de 2 a 10 anos. 

Além da invasão de propriedades e ataques aos animais, os javalis no Rio Grande do Sul trazem muito prejuízo para as lavouras, o que prevê no estado o controle legalizado de espécies nativas fora de controle e uma pena mais rígida para o tráfico de animais silvestres. Além de destruir lavouras, o animal também pode ser responsável pela transmissão de febre aftosa e da peste suína.

O javali é um animal muito agressivo, especialmente se for acuado, as fêmeas que protegem os filhotes e machos solitários são perigosos, eles são ágeis, noturnos e atacam as lavouras à noite. Caçadores profissionais são autorizados pelos proprietários das terras a entrarem em suas fazendas para procurarem e abaterem os animais. No Brasil, o controle foi liberado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em 2013, mas no Rio Grande do Sul, o abate está autorizado desde o ano de 2001.

Em 2017, foi proposto pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura, o Plano Javali, com o objetivo de conter a expansão territorial e demográfica do animal no Rio Grande do Sul, reduzindo seu impacto ambiental e danos sociais e econômico

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