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Pit bulls são naturalmente ferozes? mito ou verdade, veja

A ação do homem é responsável pela ferocidade de alguns cães da raça, dizem especialistas

Temidos pela suposta ferocidade, os cães da raça pit bull, não merecem a fama de violentos, garantem especialistas e criadores. O diretor da Associação Brasileira do American Pit bull Terrier (Abrapit) da região norte, e presidente da Associação Amazonense do Pitt Games, Camilo Dias, em entrevista exclusiva com Agroflorestamazonia.com esclarece os questionamentos.

” O American Pit bull Terrrier (APBT), é sem dúvida um cão poderoso que impõe respeito, e que muitas pessoas usam o animal indiscriminadamente, fazendo deles um meio de lucro, e isso está ligado a todo problema gerado por esses cães sendo criados de maneira errada. Pois eles precisam gastar energia diariamente por serem ativos, não são cães para se criar em apartamento, eles precisam de espaço”, disse.

Na opinião do diretor da Abrapit, ressalta que as pessoas precisam ter conhecimento sobre a raça em si, para tirarem suas próprias conclusões e evitar o equívoco que a mídia impõe.

O diretor da Associação Brasileira do American Pit bull Terrier (Abrapit) da região norte e presidente da Associação Amazonense do Pitt Games, Camilo Dias (esquerda)

” A maioria dos acidentes acontecem com cães mestiços, os que tem a orelha operada, porém não deve ser confundido, pois o cão Pit Bull tem procedência e pedigree (documento que contém dados a respeito de um cão de raça e arvore genealógica.”, acrescentou o especialista.

Personalidade e comportamento

O médico veterinário, Ricardo Pontes, concorda com o diretor da Abrapit  e afirma, essa raça não é uma das mais bravas. ”Uma das raças que mais atendo a domicilio hoje é o pit bull. Todos que atendi são extremamente dóceis e educados por seus donos. Na clínica eles ficam mais tímidos, por estar em outro ambiente, porém mesmo assim não ficam agressivos” disse.

Médico veterinário, Ricardo Pontes em atendimento

Ainda o veterinário salienta que os cães dessa raça são enérgicos e brincalhões.  ”A minha experiência com a raça começou desde os quinze anos de idade, criei dois pit bulls, antes mesmo de ser médico veterinário, conheço bem a raça e praticava competições com eles. É enérgico quando realizo atendimento com os cães dessa raça, agrado, dou biscoito, eles são brincalhões, são animais que não são agressivos.”

O veterinário ainda chama atenção dizendo que ”O animal se torna agressivo pela criação que tem, independente da raça” conclui Ricardo Pontes.

Os dois lados da moeda

Apesar da polêmica criada pela mídia sobre o American Pit Bull Terrrier (APBT), não falta pessoas para defender a raça, que além de ser conhecida pelo temperamento forte, por outro lado, também é tida como leal, amorosa e inteligente.

A exemplo disso é a criadora da raça e estudante do 6º período de medicina veterinária, Quézia Ardaya, ela conta que começou a criar a raça há vinte anos e não conformada com o que tinha foi presenteada e comprou mais um. Atualmente tem três cães sendo eles ( Black Gaia, Satere Maui e Diva Ravena).

A criadora da raça e estudante do 6º período de medicina veterinária, Quézia Ardaya

Segundo Quézia, “eles não são adestrados, mas ensinou o básico e são super dóceis, e como todo cão saudável e feliz, são bem ativos e brincalhões, amam correr e pular”. 

A estudante destaca ” deixei as orelhinhas deles do jeito são, do jeito que nasceram, nunca fiz conchectomia em nenhum cão meu, todos são lindos e maravilhosos do jeito que nasceram”.

Texto Luana Santos

Fotos: Reprodução

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