A bioeconomia é uma modalidade econômica que visa o uso sustentável dos recursos biológicos para a produção de alimentos, energia, produtos industriais e serviços, promovendo o desenvolvimento econômico sem o esgotamento dos recursos naturais. Além da biotecnologia, ela também se apoia na inovação e nos conhecimentos tradicionais para manter as matérias-primas sempre em renovação e transformá-las em produtos de alto valor agregado, reduzindo o uso de combustíveis fósseis e os impactos ambientais.
Exemplos práticos de bioeconomia existem, como a exploração sustentável de produtos florestais, como frutas nativas, castanhas e óleos, que possuem potencial para gerar renda às comunidades locais sem comprometer a floresta. A regeneração florestal, com o objetivo de recuperar ecossistemas desmatados, é fundamental para conservar a Amazônia e reduzir as mudanças climáticas, além de criar empregos por meio do investimento em projetos com essa finalidade.
Com o objetivo de desenvolver a bioeconomia, um estudo coordenado pelo doutor em Biologia de Água Doce e Pesca Interior, Adalberto Val, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), foi apoiado pelo Governo do Amazonas e pelo Governo de São Paulo, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Intitulado “Cadeias produtivas com base na biodiversidade para geração de emprego e renda nos Estados do Amazonas e São Paulo”, o estudo abordou e investigou o potencial dos produtos florestais. Foram analisados aspectos como desenvolvimento sustentável, combate às mudanças climáticas, redução do desmatamento e conservação da biodiversidade, além, é claro, da valorização da cultura e dos conhecimentos tradicionais para a geração de renda das comunidades locais.
Texto: Caio Vinícius Vilaça
Foto: Ronaldo Rosa/Embrapa
