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Operação Ágata Oeste destrói logística de um dos maiores garimpos ilegais em Terra Indígena no Centro-Oeste

Mato Grosso (MT) – O garimpo ilegal instalado na Terra Indígena Sararé, no Mato Grosso, foi alvo, nesta terça-feira (10) e quarta-feira (11), da Operação Conjunta Ágata Oeste, coordenada pelo Ministério da Defesa e realizada pelas Forças Armadas. A ação resultou de um extenso trabalho de inteligência que envolveu a Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira e órgãos de segurança pública federal e estadual de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

 

Durante os dois dias de operação, tropas terrestres fizeram incursões que resultaram na destruição e apreensão de maquinários, causando um prejuízo estimado de R$ 5 milhões ao crime organizado. Entre os equipamentos destruídos, estavam 4 retroescavadeiras, 5 motobombas, 1 betoneira e 1 motosserra. Um homem foi preso com 45 gramas de ouro e R$ 2,5 mil em espécie.

 

Além de combater o garimpo ilegal, a Operação Ágata Oeste realizou um levantamento sobre o desmatamento na Terra Indígena Sararé, utilizando imagens de satélite do Projeto Lessonia. Fuzileiros navais da Marinha do Brasil também monitoraram a área com drones termais. Das 67 mil hectares da TI, 1.320 hectares foram desmatados, sendo 570 hectares apenas entre janeiro e julho de 2024, em decorrência do garimpo.

Um dos destaques da operação foi o uso de tecnologia avançada, como o satélite do Projeto Lessonia e a Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) Hermes RQ-900, que permitiram o mapeamento detalhado das áreas e auxiliaram no planejamento estratégico das ações.

 

Além das Forças Armadas, a operação contou com a participação da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fundação Nacional do Índio (Funai), Força Nacional e o Grupo Especial de Fronteira (Gefron).

 

Terra Indígena Sararé

A Terra Indígena Sararé está localizada nos municípios de Vila Bela da Santíssima Trindade, Conquista D’Oeste e Nova Lacerda, no oeste de Mato Grosso. Homologada em abril de 1985, a TI Sararé é habitada pelo povo Nambikwara Katitaurlu e abrange 67.420 hectares. A presença de garimpos na região remonta à década de 1990, quando a área chegou a abrigar até 3 mil garimpeiros. Uma ação de fiscalização permanente entre 2000 e 2002 conseguiu desativar essas frentes de garimpo.

Missão multidomínio

A Operação Ágata Oeste 2024, conduzida pela Força Aérea Brasileira pela primeira vez, inova ao empregar técnicas multidomínio, integrando operações em áreas marítima, terrestre, aérea, espacial e cibernética. O uso de satélites, drones e tecnologias cibernéticas permitiu o planejamento e execução de ações militares coordenadas em todos esses domínios, essenciais para enfrentar ameaças no campo de batalha moderno.

 

Operação Conjunta Ágata Fronteira Oeste

A Operação Ágata Oeste faz parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF) do Governo Federal, que promove a cooperação entre as Forças Armadas e órgãos de segurança pública em ações integradas de defesa e controle de fronteiras. Nesta edição, foram mobilizadas 12 aeronaves, 16 embarcações e 217 viaturas, além do satélite do Projeto Lessonia e da ARP Hermes RQ-900, garantindo uma vigilância mais ampla e eficaz da área de operação.

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