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O mercado da pesca esportiva no Amazonas

No coração da floresta amazônica a atividade atrai turistas e movimenta a economia da cidade.

Um grupo de amigos no restaurante Tio Armênio, com destaque na frase da camisa ''não negocie no meu local de pesca'' - foto: Luana Santos.

O Amazonas é uma das rotas mais procuradas por turistas, em especial os estrangeiros, interessados em conhecer as belezas da floresta Amazônica, o rio e seus cursos de águas menores que guardam uma vasta diversidade de espécies da fauna e da flora brasileira. No lançamento do Amazone-se foi destacado o potencial do turismo que ressalta os atrativos e reforça as atividades da região.

Segundo a empresa estadual de turismo do estado (Amazonastur), a ação estimula a economia da cidade e gera renda para as pessoas que exercem o trabalho de guias, barqueiros e realização de serviços aos viajantes.

De acordo com a pesquisa ”Ambiente de Negócios do turismo do Amazonas”, realizada pela Empresa Estadual de Turismo (Amazonastur) a estimativa de aplicação na economia local em torno de US$ 80 milhões, prevê o rendimento por meio da abertura da temporada de Pesca Esportiva da Calha do Rio Negro, que vai de outubro a fevereiro.

” Graças a nossa diversidade natural, o mundo inteiro fala da nossa terra e por ela tem enorme interesse. A nossa retomada turística começa agora, em outubro, com o lançamento da pesca esportiva no alto rio Negro”, afirma Roselene Medeiros, presidente da Amazonastur.

95% dos estrangeiros que pescam no amazonas são representados pelos norte-americanos. Nos Estados Unidos, há  37,4 milhões de praticantes de pesca esportiva. Gastam U$ 50 milhões em viagens, equipamentos e licenças segundo a US Fish and Wildlife Service, agência governamental americana.

Brasileiros

O número de praticantes brasileiros que se aventuram na captura do tucunaré é cada vez maior e um dos preferidos dos esportistas. Com movimento de 25 municípios amazonenses na temporada de pesca esportiva, sendo os principais: Autazes, Barcelos, Nova Olinda, Borba, Carreiro e Santa Izabel do Rio Negro.

Operadoras que trabalham com viagens para os destinos de pesca na Amazônia, estimam que os pacotes variam de R$ 3,5mil a R$ 10mil com hospedagem de três a sete dias para turistas. O tucunaré-açu peixe mais procurado, chega a pesar mais de dez quilos. Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e no Rio Uatumã são os locais onde os praticantes podem encontrar com mais facilidade essa espécie.

Paixão pela pesca esportiva

Patrícia Chagas no rio urubu na captura do tucunaré.

Quem realiza a prática esportiva, sabe que são muitas as vivências que a atividade proporciona, como o pesque e solte, garantindo o futuro das espécies. Como o próprio nome diz, a modalidade é um esporte, e costuma fascinar seus participantes.

“A paixão surgiu na infância com meu avô, e retomei na prática da pesca esportiva quando conheci meu esposo.” conta Patrícia Chagas.

Patrícia descreve que já participou de alguns campeonatos de pesca com caiaque em Manaus, e que são frequentes as disputas.

Perguntamos a ela como a pesca esportiva impactou sua vida, principalmente depois de se aventurar na captura do tucunaré, ela responde:

“Impactou trazendo alegria com um hobbie que me deixa em contato com a natureza e me traz tranquilidade, renova minhas energias.”

 

Pescadora Yasmim Zanom

Perguntamos a Yasmim Zanom como a pesca esportiva impactou sua vida, ela respondeu:

“ A pesca teve impacto de maneira agressiva em minha vida, sou profissional de Educação Física e optei por parar de trabalhar na academia e abri uma pousada junto com meu esposo, hoje trabalhamos diretamente com a pesca esportiva em Minas Gerais.”

Texto Luana Santos

Fotos Luana Santos e divulgação

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