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O café brasileiro

O Brasil segue sendo um dos maiores exportadores de café no mercado mundial, sendo responsável por um terço da produção de cafés especiais no mercado global, a mais de 150 anos.

O café no Brasil foi cultivado pela primeira vez no século XVIII, por Francisco de Melo Palheta, em 1727, no Pará. Se expandindo lentamente em direção ao sul do país, até chegar no Rio de Janeiro, em 1837, a produção já superava a de açúcar, tornando o café o principal produto de exportação do Império, o que garantiu as divisas necessárias à sustentação do Império do Brasil e também da República Velha.

Desde então, o Brasil segue sendo um dos maiores exportadores de café no mercado mundial, sendo responsável por um terço da produção de cafés especiais no mercado global, a mais de 150 anos.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a cafeicultura brasileira é uma das mais exigentes do mundo, em relação às questões sociais e ambientais, e há uma preocupação em se garantir a produção de um café sustentável. A produção de café no país é desenvolvida com base em rígidas legislações trabalhistas e ambientais. São leis que respeitam a biodiversidade e todas as pessoas envolvidas na cafeicultura, e que punem, rigorosamente, qualquer tipo de trabalho escravo e/ou infantil nas lavouras. As leis do Brasil estão entre as mais rigorosas entre os países produtores de café.

Ao longo do tempo, foi se investindo cada vez mais em técnicas especiais para o cultivo, com tecnologias que possibilitaram a conquista do mercado mundial de café, não somente pela grande quantidade de sacas produzidas e exportadas a cada ano, mas pelo aroma e sabor incomparáveis.

Há três diferenças principais que diferem a cadeia produtiva do café brasileiro no mercado mundial, são elas: a criação de novas espécies de café, a diminuição das áreas de plantio e o desenvolvimento tecnológico da poda e da adubação e manejo do solo.

Hoje em dia os produtores nacionais conseguem investir na estruturação de laboratórios com pesquisadores qualificados, possibilitando a evolução tecnológica que garante o avanço da produção tanto em números quanto em qualidade.

Segundo a escala SCA – Specialty Coffee Association (Associação de Cafés Especiais), o café do Brasil já chegou a atingir 95 pontos na classificação do concurso Cup Of Excellence.

Dentre os estados Brasileiros que são os principais produtores estão: Bahia, Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais, estados que possuem uma eximia qualidade dos grãos.

O sul de Minas Gerais se destaca sendo o grande responsável pelo mercado mundial de cafés gourmet, o café mineiro serve de base para a maioria dos blends, e está presente em até 75% na maioria das composições dos melhores cafés do mundo. Os cafés brasileiros costumam ter corpo cremoso, doçura e aroma marcantes e baixa acidez, mesmo que cada tipo de café produzido possua suas características próprias.

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