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O agro faz parte das festas juninas mesmo em época de pandemia

O milho o 2° grão mais produzido no Brasil é o principal ingrediente dos pratos típicos das festas. Outro que não falta é o amendoim doce, salgado ou torrado

A temporada das festas juninas impulsiona o agronegócio. Comemorada em todo o Brasil, ela traze para nós muita diversão, danças, comidas, ‘casamentos na roça’, fogueiras, brincadeiras, quadrilhas, músicas, cultura e geração de rendas para todos os envolvidos.

No Brasil, as festas juninas foram introduzidas pelos portugueses no período colonial. São comemorações que acontecem no mês de junho, onde lembramos de três santos católicos: Santo Antônio, São João e São Pedro.

Mesmo com a pandemia o  Nordeste assim como as outras regiões do país, vive as festas juninas. O povo resiste ao vírus e segue essa tradição fazendo suas festas dentro de casa, preparando as guloseimas juninas e com muita “live” caipira pra ver e ouvir.

Essas festas costumam ser  familiares, religiosas, escolares e tradicionais nas comunidades, contribuindo muito para o agronegócio, dando ênfase ao milho e ao amendoim, gerando renda com esses alimentos e outros.

 

O milho e o amendoim nas festas juninas

O milho e suas utilidades

O milho é um produto indispensável para a realização das festas. 

Dele fazemos pamonha, pipoca doce e salgada, pipoca de chocolate, bolo de fubá, canjica, cuscuz, mugunzá; esses são alguns pratos típicos das festas juninas pelo país.

O ingrediente principal é o nosso milho, que vem a ser um dos principais produtos agrícolas que usamos também no nosso dia a dia. 

O Brasil é o 3° produtor mundial de milho. É o 2° grão mais produzido no Brasil, fica somente atrás da soja. Na safra 2019\2020, os produtores rurais deverão colher mais de 102,3 milhões de toneladas do cereal.

 O milho, é cultivado em grande parte do mundo. Utilizado como alimento humano ou para rações animais. Ele é uma planta de origem mexicana. O estado do Mato Grosso se destaca na produção de milho no Brasil.

O amendoim, rico em proteínas

Nas festas juninas o amendoim não falta. È encontrado no amendoim doce, salgado ou torrado, paçoquinha, pé-de-moleque, bolos, sorvetes e outros.  Na cozinha baiana é usado no caruru, vatapá e acarajé.

O Brasil, é o 16° produtor de amendoim do mundo e o 6° maior exportador. 

 

O amendoim é rico em ácidos graxos insaturados, carboidratos. 

Também tem vitaminas antioxidantes e minerais (vitamina E, Selênio, Magnésio, Manganês e Fitoquímicos com o resveratrol) proteínas vegetais, fibras e rico em Potássio.

O estado de São Paulo é responsável por 90% de todo o volume produzido no país, cerca de 94 mil toneladas são destinadas à exportação. Em 2019, a produção de SP foi de 602,9 mil toneladas. O amendoim é o grão de uma vagem que está na raiz de uma planta.

Como são as festas juninas, também conhecidas por festas caipiras

A origem das festas juninas é pagã. Antes da Idade Média, as celebrações anunciavam o solstício de verão e do inverno, onde homenageavam os deuses da fertilidade e da natureza.    

Nas festas juninas temos o tradicional quentão (bebida que aquece o corpo e, principalmente, os corações do pessoal do Sul) e a fogueira artesanal é tradicional, com muita lenha seca colhida e empilhada chegando a atingir vários metros em algumas comunidades rurais e, também , no espaço urbano. 

Cada santo tem uma fogueira diferente

O costume de acender a fogueira começou para avisar a todos do nascimento de João Batista, filho de Isabel, primo de Maria a mãe de Jesus Cristo. As fogueiras também eram usadas para comemorar as colheitas na Europa antiga. O fogo é purificador e a chama é símbolo das preces que sobem os céus. Representa também o sol, que ilumina e aquece, purifica, assa e cozinha os alimentos.

Santo Antônio – Conhecido como santo casamenteiro. A sua fogueira tem a base quadrada e também é chamada de chiqueirinho.

São João – É o padroeiro das mulheres grávidas. A fogueira deve ter a base redonda, fazendo com que a fogueira acesa, fique num formato cônico.

 São Pedro – É o protetor das viúvas e dos pescadores. Sua fogueira tem a base triangular. A fogueira é sempre acesa às 18hs que é o horário da Ave Maria.

O caipira se reinventa na pandemia

Este ano não foi possível realizar as tradicionais festas juninas por causa da pandemia. As festas juninas serão sem fogueiras e quadrilhas nas ruas e sem barracas de pescaria.

As festividades foram suspensas, para impedir aglomerações e conter o avanço do Coronavirus. As tradições das festas juninas, também precisam adaptar-se, mas sem perder o encanto e a alegria.

Mas o brasileiro sabe se reinventar, sem os arraiais, os integrantes das quadrilhas juninas, dançam dentro de casa, com máscaras, sem juntar muita gente e compartilham seus vídeos nas redes sociais.

Em Belo Horizonte teve um cortejo junino, é um evento que marca o início das festas, foi realizada uma carreata junina, sempre com os cuidados e o protocolo da COVID-19. Houve uma carreata de quadrilhas, o limite era de três pessoas por carro e todos usando máscaras. Os carros estavam enfeitados e os ocupantes vestidos de caipiras.

 Na pandemia todos se defendem, seja rico ou pobre; índio, branco e negro; ateu e religioso; político e eleitor. Todos estamos envolvidos nessa crise, portanto, use sua máscara, passe o álcool gel, tenha empatia, cuide de seu próximo para vencermos este inimigo invisível que assola a humanidade.

Texto Marcia Ximenes Nunes

Edição: Dulce Maria Rodriguez

Fotos: Reprodução

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