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Nossa entrevista é com o José Mário Araújo Mafaldo, tecnólogo em produção de grãos/assessor externo da FETAG – Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul

 

Qual é a sua rotina de trabalho?

…”Hoje presto assistência técnica as propriedades de pecuaristas familiares, bem como a organização e mobilização sindical e agricultores na base territorial da regional fronteira.”…

 

Quais as principais reivindicações  dos trabalhadores do campo?

…”Política públicas como estradas, crédito rural acessível, internet, organização da produção e desburocratização para comercialização primária.”…

Como os trabalhadores rurais tem se protegido dos agrotóxicos nas lavouras de arroz?

…”O movimento sindical cobra muito da classe patronal, o uso dos epi’s onde os mesmos têm fornecido pontualmente e na contra partida orientamos, capacitamos e cobramos os trabalhadores, assim como o uso consciente.”…

Epi’s significa o equipamento de proteção individual,  é qualquer meio ou dispositivo destinado a ser utilizados por uma pessoa contra possíveis risos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada atividade.

Como está a política da valorização das mulheres que trabalham no campo, quanto à questão salarial?

…”Através da convenção coletiva de trabalho, garantimos direitos salariais e condições de trabalho, porém ainda está muito longe do ideal, pois falta uma maior fiscalização a campo pra evitar algumas situações como foi o ocorrido na serra nas condições enólogas dos trabalhadores no ramo da uva.”…

 

…”Na reforma da previdência, várias categorias sofreram alterações na idade da aposentadoria, porque os aposentados rurais depois de muitas lutas através do movimento e da FETAG, as mulheres passaram a se aposentarem com 55 anos de idade e os homens aos 60 anos, tendo no mínimo os últimos 15 anos de contribuição, o que é uma grande conquista.

Temos lutado incansavelmente no nosso estado do RS e no Brasil, sobre a questão da estiagem, essa seca que aflora os nossos municípios, principalmente as regiões Central, Sul, Campanha e Fronteira, os produtores estão sofrendo muito com a seca e a gente tem marcado agendas em Brasília com os deputados e o governo federal e estadual buscando medidas que auxiliem os nossos produtores e agricultores nesse momento de perda.

Também lutamos através da saúde, previdência e condições favoráveis de trabalho, enfim é um pouco do nosso trabalho, assim como a organização dos produtores e agricultores, pecuaristas, agricultura familiar, temos alguns projetos que estamos desenvolvendo, colocando recursos nas propriedades, como o projeto de recuperação de biomas, projeto FETAG+, onde trabalhamos com convênios e assistencialismo, com médicos, postos de gasolina, mercados. Os associados do sindicato possuem uma carteirinha, que é a nova identidade do movimento sindical.”…

 

Escritora

Márcia Ximenes Nunes

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