Nos rios que cortam a imensidão da floresta amazônica, onde o acesso à saúde é um desafio diário, a Marinha do Brasil cumpre uma missão essencial. O Navio de Assistência Hospitalar (NAsH) “Oswaldo Cruz” percorreu a região do Baixo Amazonas entre os dias 11 e 30 de janeiro, levando atendimentos médicos e odontológicos a comunidades ribeirinhas. Em 20 dias de operação, a embarcação realizou mais de 13 mil procedimentos, garantindo assistência a quase mil pessoas em áreas isoladas da Amazônia.
A missão do NAsH “Oswaldo Cruz” e a importância da assistência ribeirinha
A vastidão da Amazônia impõe desafios à oferta de serviços básicos, e o atendimento médico não é exceção. Diante desse cenário, os Navios de Assistência Hospitalar (NAsH) da Marinha do Brasil desempenham um papel fundamental ao levar cuidados de saúde às comunidades ribeirinhas, muitas das quais não têm acesso regular a consultas e exames.
O NAsH “Oswaldo Cruz”, subordinado ao Comando da Flotilha do Amazonas, é uma dessas embarcações que percorrem os rios da região, oferecendo suporte médico, odontológico e laboratorial. O navio é equipado com ambulatório, gabinetes odontológicos, laboratório, farmácia, sala de raio-X, enfermarias e até uma sala de cirurgia, permitindo a realização de procedimentos de baixa e média complexidade.
A missão abrangeu 13 localidades situadas às margens dos rios Tapajós, Trombetas, Nhamundá e Paraná do Ramos, alcançando comunidades que, em muitos casos, enfrentam grandes dificuldades para receber atendimento médico. O deslocamento até cidades com infraestrutura hospitalar pode levar dias, tornando essencial a presença de iniciativas como essa para garantir o acesso à saúde básica e especializada.
Atendimentos e impacto na saúde das comunidades
Ao longo da missão, foram realizados mais de 13 mil procedimentos de saúde, contemplando diversas áreas médicas e odontológicas. O impacto direto desse esforço reflete-se nos números alcançados:
•4,1 mil procedimentos médicos, entre consultas e exames clínicos;
•2,2 mil atendimentos odontológicos, incluindo extrações, restaurações e profilaxia;
•6 mil procedimentos de enfermagem, com aplicação de vacinas, aferição de pressão arterial e curativos;
•1 mil exames laboratoriais, contribuindo para diagnósticos mais precisos.
Além dos atendimentos clínicos, o NAsH “Oswaldo Cruz” também realizou mais de 100 cirurgias, proporcionando alívio imediato a pacientes que, de outra forma, teriam grande dificuldade em acessar esses procedimentos. A distribuição de cerca de 32 mil medicamentos garantiu que os tratamentos prescritos pudessem ser seguidos pelas comunidades atendidas.
Os moradores das comunidades ribeirinhas receberam a equipe da Marinha com gratidão, reconhecendo a importância da assistência prestada. “Sem o navio, teríamos que viajar dias para conseguir uma consulta. Aqui, conseguimos atendimento rápido e remédios gratuitos”, relatou um dos pacientes beneficiados pela missão.
O compromisso da Marinha com a assistência humanitária na Amazônia
A atuação do NAsH “Oswaldo Cruz” faz parte de um esforço contínuo da Marinha do Brasil para garantir assistência humanitária às populações ribeirinhas da Amazônia. Essa iniciativa reforça o compromisso da Força Naval em ampliar o acesso à saúde, reduzindo desigualdades e promovendo qualidade de vida para milhares de brasileiros que vivem em áreas de difícil acesso.
O sucesso da missão reforça a necessidade da continuidade dessas operações e do fortalecimento de parcerias entre a Marinha e órgãos de saúde locais, ampliando o impacto positivo das ações. A presença do Estado brasileiro na região amazônica, por meio de iniciativas como essa, vai além do atendimento médico: representa cidadania, inclusão e apoio a comunidades que dependem dessas missões para garantir condições dignas de saúde.
Com a conclusão dessa etapa, a Marinha já planeja novas operações, garantindo que a assistência chegue a um número ainda maior de ribeirinhos. A presença do NAsH “Oswaldo Cruz” nos rios da Amazônia é um símbolo do compromisso com a população e com o desenvolvimento sustentável da região.
Fonte: Defesa em Foco