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Na calha do Madeira, Idam promove curso de extração de copaíba e sangue de dragão

Extrativistas amazonenses foram beneficiados com o curso de “Boas Práticas de Manejo de Copaíba e de Extração de Sangue de Dragão”, realizado entre terça e quinta-feira (09 e 11/07), nos municípios de Manicoré e Humaitá (a 332 e 590 quilômetros da capital, respectivamente). A capacitação é uma iniciativa do Instituto de Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), em parceria com o Regenwald Institut e a Conservação Internacional (CI), por meio do projeto Paisagens Sustentáveis.

Para o chefe do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Florestal (Datef), Luiz Rocha, o curso contribuiu para o aprimoramento das técnicas utilizadas pelos extrativistas. Ele destacou, ainda, que a capacitação teve como objetivo promover o ao aumento de produção e a otimização da qualidade dos produtos provenientes do extrativismo.

“A copaíba é um produto tradicional no Amazonas, enquanto o sangue de dragão, que tem alto valor comercial e é muito utilizado na indústria farmacêutica, é novo aqui na região. Inclusive, detectamos um grande potencial de sangue de dragão em Manicoré, onde os extrativistas poderão coletar o material e vendê-lo a compradores de fora do Brasil, principalmente, da Alemanha”, disse Rocha.

“Porém, é produto de alto valor comercial de uso farmacêutico, comercializado por diversos países, como Colômbia e Peru. Detectamos um grande potencial em Manicoré, onde os extrativistas poderão coletar o material e vender para compradores fora do Brasil, principalmente, da Alemanha”, informou o chefe.

Rocha destaca ainda que o curso também visou a extração sustentável dos materiais. “Como é a coleta de um produto novo, o treinamento dos extrativistas serviu, também, para que os extrativistas atuem de forma correta na extração da matéria-prima e, assim, oferecê-la com boa qualidade ao mercado”, frisou.

Programação

O curso “Boas Práticas de Manejo de Copaíba e de Extração de Sangue de Dragão” foi ministrado nos municípios por técnicos do Idam, que abordaram a contextualização sobre a espécie, como é realizado o manejo, importância da copaíba, tipos de extração, passo a passo para extração racional do óleo, kits de extração, preparação do material e técnicas de extração e ciclos.

Após as aulas teóricas, os instrutores participaram da parte prática do processo de extração nas comunidades Ponta do Campo, em Manicoré, e do Escondido, em Humaitá.

De acordo com dados do Relatório de Atividades (RAT) do Idam, em 2023, a extração de copaíba alcançou a marca de 229,43 toneladas, sendo 120 toneladas oriundas somente da calha do Madeira, onde os municípios estão localizados.

FOTOS: Divulgação/Idam

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