Os ramos mais procurados pelas novas empreendedoras são a moda, beleza e alimentícios. A faixa etária feminina em busca de abrir o seu próprio negócio é de 25 a 40 anos.
A cada dia que passa, as mulheres estão se tornando mais autonomistas, seja emocional ou financeiramente. Alguns dos motivos que levam a mulher empreender são a procura pela independência financeira e em busca de uma fonte de renda para auxiliar no lar.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e estatísticas IBGE, o sexo feminino, está investindo mais no segmento de serviços (43,9%), seguido pela indústria com 36,42%, mas há também as que investem em construção civil (1,34%) e agropecuária (0,15%).
Os ramos mais procurados pelas novas empreendedoras são a moda, beleza e alimentícios. Segundo a gestora do projeto Empreendedorismo Feminino no Amazonas do Sebrae, Maria Cione Guimarães, a faixa etária feminina em busca de abrir o seu próprio negócio é de 25 a 40 anos. ”As mulheres têm a tendência a serem mais analíticas e cautelosas ao decidirem empreender, além de estarem mais aberta a opiniões e dicas”, ressalta.
40 refeições diariamente
A cozinheira Joana de Souza, iniciou o trabalho no ramo da alimentação depois de ficar desempregada, durante a pandemia, em busca de uma renda para sustentar a família começou a fazer marmitas para vender.
”Tive a ideia de fazer comida caseira para vender, fiz panfletos e comecei a distribuir. As pessoas começaram a me procurar, comecei vendendo uma ou duas marmitas, hoje em dia, chego a fazer até 40 refeições diariamente e espero que esse número só aumente”, destaca.
Atualmente, Joana se tornou provedora do seu lar. Seu marido que também ficou desempregado nesse período, começou a ajudá-la nas entregas.
Visando despertar ainda mais o espírito empreendedor feminino, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) está estruturando um projeto voltado só para mulheres, devido o aumento do público feminil. O projeto que vai ser lançado ainda esse ano, dispondo de ações como, consultorias, cursos, palestras e oficinas. ”O projeto vai focar mais na questão de inovação, com trabalhos remotos e presenciais”, complementa Maria Cione.
Para auxiliar na renda
A estudante de jornalismo, Beatriz Costa, descobriu no empreendedorismo uma forma de auxiliar na renda do lar, já que se encontra desempregada.
”Comecei fazendo comida para lanchar na faculdade, meus colegas provaram a comida que eu fazia, começam a encomendar e a divulgar meu trabalho. Quando vi, já estava levando todo dia, marmitas e empadas para vender”, relembra.
Por causa da pandemia, Beatriz hoje trabalha em média duas vezes por semana, com encomendas de doces salgados, para clientes próximo de sua casa.
Texto Beatriz Costa
Fotos: Reprodução