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Ministro da Defesa acompanha atividades da Operação Ágata em Tabatinga

Combater ilícitos nas fronteiras marítima, terrestre e aérea também é tarefa das Forças Armadas. Em parceria com Órgãos de Segurança Pública e Fiscalização (OSPF), está em curso a Operação Ágata Amazônia. O Ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, esteve em Tabatinga para acompanhar a missão, na quinta (06) e sexta-feira (07).

Desde segunda-feira (03), cerca de 600 militares atuam em ações preventivas e repressivas contra crimes como de contrabando, descaminho e narcotráfico. “É uma oportunidade ver de perto o trabalho realizado aqui, de segurança das fronteiras. Trabalhamos também para que todas as necessidade de operacionalidade deles seja atendida”, disse Braga Netto, ao término da visita.

A Operação Ágata é coordenada pelo Comando Conjunto Operação Ágata Amazônia, com a participação de três Comandos Militares. São eles: o 9° Distrito Naval, da Marinha, o Comando Militar da Amazônia, do Exército, e o Comando Aéreo Amazônico, da Força Aérea Brasileira.

O Gen Marcius, comandante da 16ª Brigada de Infantaria de Selva, estava representando o Gen Estevam Theophilo, comandante do Comando Militar da Amazônia, pois o mesmo se encontrava em uma Reunião do Alto Comando do Exército, que periodicamente ocorre conforme previsão anual.

Gen Marcius assumindo o comando da 16ª Brigada

Localidade

O município de Tabatinga localiza-se na Tríplice Fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, região da Amazônia Ocidental. O município faz fronteira com a colombiana Letícia. Os arredores das cidades duas cidades irmãs são caracterizados pela predominância da floresta e de rios, por onde ocorre a maior parte do trânsito das pessoas. Devido à essa geografia, com poucas vias terrestres, a atuação dos militares e integrantes da OSPF na Operação Ágata Amazônia concentra-se ao longo dos rios Solimões, Içá e Japurá.

O Comandante do 9° Distrito Naval, Vice-Almirante Ralph Dias, enfatizou as quatro capacidades das Forças Armadas: capilaridade, caracterizada pela presença nos mais diversos locais do país; comando e controle, que coordena as atribuições; mobilidade; e poder de comunicação. “Com a Ágata conjunta, as Forças trabalham de forma integrada. Esse trabalho faz com que se aumente a sensação de segurança do cidadão que mora na fronteira”, assegurou.

“Nós empregamos ferryboats, embarcação de combate, lanchas e barcos menores de alumínio chamados voadeiras. Esses meios possibilitam segurança para realizar o patrulhamento e deslocamento mais rápido”, explicou o Comandante do 8° Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), Coronel Robson Moraes.

Os militares são constantemente treinados para missões como essa. O Comandante da 16° Brigada de Infantaria de Selva, General de Brigada Marcius Cardoso Netto, frisou que o trabalho desempenhado “visa não só o combate a ilícitos transfronteiriços, como também defender e proteger a Amazônia”.

O Comandante do Comando Aéreo Amazônico, Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme Magarão, destacou que os desafios tão grandes quanto as dimensões continentais da região. “Para realizar o patrulhamento aéreo, utilizamos radares do Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM) e a atuação de militares do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DCEA). Eles identificam alvos suspeitos e, a partir daí, as aeronaves de defesa aérea são acionadas para interceptação dos alvos ilícitos” explicou.

Ele reiterou que quanto mais operações conjuntas são realizadas, melhor é a organização entre as Forças Singulares e as agências de segurança pública. “A Força Aérea, quando executa uma ação de interceptação a uma aeronave não autorizada, depende do apoio em solo da Polícia Federal para dar continuidade à ação repressiva”, disse ele.

O Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (CEMCFA), Tenente-Brigadeiro do Ar Raul Botelho, enfatizou que a visita do Ministro e de autoridades da Defesa é “significativa para a tropa identificar a preocupação do Ministério da Defesa com a operação, ver o planejamento sendo executado e os resultados que estão sendo obtidos”.

A comitiva do Ministério da Defesa passou pela Capitania Fluvial de Tabatinga, organização militar da Marinha responsável pela segurança do tráfego aquaviário, que emprega meios e pessoal na Operação Ágata. Na oportunidade, estiveram também no Navio-Patrulha Fluvial Raposo Tavares, um dos meios de transporte dessa missão. Os militares ainda foram ao 8° Batalhão de Infantaria de Selva, onde verificaram as instalações.

A Operação Ágata ocorre ao longo do ano em diferentes estados e períodos. Neste ano, essa é a segunda Operação Ágata conjunta. A primeira ocorreu na fronteira entre Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, e Don Juan Caballero, no Paraguai.

Assistência social

No contexto da Operação Ágata Amazônia, o Comando Conjunto atua na ação social às populações ribeirinhas. A comitiva do Ministério da Defesa verificou o trabalho do Navio de Assistência Hospitalar Carlos Chagas, uma das quatro embarcações da Marinha utilizadas para esse fim, conhecidos na região como navios da esperança. “São navios que conduzem equipes médicas aos ribeirinhos das comunidades de baixa renda. Médicos, dentistas, farmacêuticos, enfermeiros realizam os atendimentos”, explicou o Almirante Ralph.

Ele informou ainda que esse trabalho é realizado em aproveitamento de parte dos meios empregados para o combate a ilícitos nas fronteiras. Os profissionais de saúde são militares do Hospital de Guarnição de Tabatinga, do Exército, e da Policlínica Naval de Manaus, da Marinha.

A Operação

A Operação Ágata foi criada, em 2011, para intensificar a presença do Estado nas faixas de fronteira em integração com órgãos federais, estaduais e municipais, bem como a cooperação técnica e de inteligência e de logística entre os envolvidos. O trabalho conjunto aperfeiçoa as ações contra os ilícitos nas fronteiras, inclusive combate os crimes ambientais, reforça o sentimento de nacionalismo e a Defesa da Pátria nessas regiões sensíveis.

Desde 2017, a Ágata tem novo formato de atuação. Antes, era desencadeada em nível nacional e simultaneamente em todas as fronteiras brasileiras. Hoje são pontuais, sem datas previstas para ocorrer e sem prazo determinado. 

Fotos: Divulgação

Fonte: Ministério da Defesa

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