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Minha caminhada pela América Latina passo a passo, foto a foto…

Nos meus retratos, procuro refletir as grandes desigualdades em todas as áreas do desenvolvimento humano e a importância de continuar a lutar pela justiça social e pela igualdade

Há uns 12 anos, em um dia normal, senti uma necessidade urgente de comprar uma câmera. Como esperado, eu não tinha dinheiro para esse investimento. Então procurei a câmara que eu queria, imprimi a imagem e coloquei na geladeira para olhar todos os dias e encontrar uma maneira de conseguir. A famosa câmera veio anos depois e foi aí que a aventura começou.

Minha vida foi se enchendo de momentos, cores e sensações e essas foram sendo capturadas em imagens. Enquanto viajava pela Costa Rica, Nicarágua e Guatemala a trabalho, fui acumulando minhas impressões de todos esses lugares maravilhosos.

O ano de 2012 levou-me de volta à minha querida e mágica Colômbia e, de mãos dadas com o meu maior amor, recolhi todas as fotografias que pude para guardar nelas todas as experiências, todos os meus sentimentos e toda a sua cultura.

Duas de minhas trajetórias acabaram se unindo nessas imagens, minha jornada pelo mundo da solidariedade humana e minha jornada pelo incomparável mundo da fotografia, finalmente conceituando meu próprio estilo.

Aquelas pastas digitais ficaram escondidas lá por muito tempo até que um dia o professor de arte da minha filha me disse “você deveria compartilhar sua arte” e me encaminhou a Dom Arturo, administrador do Centro Multicultural Botica Solera.

Foi neste edifício histórico da cidade de San José que a minha arte conheceu as pessoas e as pessoas conheceram minha arte, era dezembro de 2016. Em seguida, a coleção foi dar um passeio ao Museu Regional de San Ramón, onde gostaram muito e há alguns meses ele esteve na Casa da Cultura Cartagines.

Nos meus retratos, procuro refletir as grandes desigualdades em todas as áreas do desenvolvimento humano e a importância de continuar a lutar pela justiça social e pela igualdade. As fotos nos convidam a refletir sobre a dura realidade, mas também a trabalhar por um mundo melhor.

Entendendo que todos os seres humanos são responsáveis ​​pela mudança na nossa sociedade, é minha intenção com estas exposições que, tomando as imagens que captei do meu próprio olhar, consiga gerar nas pessoas, naquelas que me olham, uma captação diferente , que vai além do retábulo da foto.

Gostaria que ao olhar uma fotografia puséssemos no coração o que vemos, e que, nesta perspectiva, agora possamos conseguir a captura real.

Afinal, é a consciência de que existem diferenças, de que não basta olhar para elas, de que é preciso tomá-las e senti-las com o coração.

Texto em espanhol Lorena Isabel Barrantes San Román

Tradução e edição: Dulce Maria Rodriguez

Fotos: Lorena Isabel Barrantes San Román

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