Os preços do milho futuro com vencimento janeiro/21 era cotado à R$ 78,31 com desvalorização de 0,37%, o março/21 valia R$ 78,60 com perda de 0,25%, saiba mais
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “a disponibilidade de milho em São Paulo, Goiás e Minas Gerais cresceu no mercado físico durante esta semana. Isto ocorre porque a intenção de venda para as exportações é quase mínima e o comprador está recuado neste momento”.
A agência Safras & Mercado destaca que o mercado brasileiro de milho apresentou acomodação nos preços no mês de novembro, com quedas na maior parte das regiões. “A oferta melhorou nas principais praças de comercialização, o produtor negociou mais, e as cotações reagiram para baixo a esse incremento na disponibilidade do cereal”, diz.
O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, acredita que os produtores decidiram entrar no mercado com preços excelentes de milho e liberar espaço para a soja e isso levou a retração dos valores.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, o preço médio do milho recuou 0,36% em relação a semana anterior e chegou em R$ 79,90 a saca, conforme relatado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
Os preços do milho futuro B3
Os preços do milho futuro operaram durante todo o dia 27/11 registrando movimentações em campo misto na Bolsa Brasileira (B3) e perderam força no final da tarde. As principais cotações registravam flutuações negativas entre 0,07% e 0,37% por volta das 17h07 (horário de Brasília).
O vencimento janeiro/21 era cotado à R$ 78,31 com desvalorização de 0,37%, o março/21 valia R$ 78,60 com perda de 0,25%, o maio/21 era negociado por R$ 74,70 com estabilidade e o julho/21 tinha valor de R$ 68,55 com baixa de 0,07%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a região Sul do Brasil recebeu novos volumes de chuvas que beneficiaram as lavouras de milho, o que dá uma tranquilidade para uma safra evoluindo bem, principalmente no Paraná, enquanto o Rio Grande do Sul já perdeu mais de 1,5 milhão de toneladas ante ao potencial de 6 milhões.
A Safras & Mercado estimou a safra brasileira de milho 2020/21 em 112,865 milhões de toneladas, 5,65% a mais do que a safra passada, mas menor do que as projeções de outubro de 116,427 milhões de toneladas.
“Os efeitos da falta de chuva foram significativos, especialmente em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, que deverão registrar volumes de produção 33,9% e 30,1% menores, respectivamente, em relação à safra de verão 2019/20”, afirmou em nota o analista da consultoria Paulo Molinari.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) retomou as atividades após o feriado de Ação de Graças na quinta-feira com apenas meio período de pregão, que foi encerrado com os preços internacionais do milho futuro subindo. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 5,50 e 6,50 pontos.
O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,25 com alta de 5,50 pontos, o março/21 valeu US$ 4,33 com ganho de 6,25 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,36 com valorização de 6,50 pontos e o julho/21 tinha valor de US$ 4,37 com elevação de 5,75 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 1,19% para o dezembro/20, de 1,17% para o março/2, de 1,40% para o maio/21 e de 1,39% para o julho/21.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam elevações de 0,47% para o dezembro/20, de 0,93% para o março/21, de 1,40% para o maio/21 e de 1,63% para o julho/21 na comparação com a última sexta-feira (20).
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho saltaram cerca de 1,5% mais altos na sexta-feira em uma rodada de compras técnicas estimuladas por outra grande venda para o México anunciada esta manhã, junto com relatórios de tempo seco na América do Sul.
Exportadores privados relataram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 11,9 milhões de bushels (302.260 toneladas) de milho para entrega ao México durante a campanha de comercialização de 2020/21, que começou em 1º de setembro.
Já as vendas de exportação de milho na semana encerrada em 19 de novembro aumentaram 53% na semana, para 65,6 milhões de bushels (1,666 milhão de toneladas). Isso foi maior do que todas as estimativas comerciais, que variaram entre 31,5 milhões e 55,1 milhões de bushels (entre 800.100 e 1,399 milhão de toneladas).
Texto com informação do Agro em dia
Fotos: Divulgação