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Logística e falta de regularização dificultam o desenvolvimento da pecuária no Amazonas

Em 2018, o Amazonas possuía um rebanho de 1,3 milhão de cabeças de gado bovino, um aumento de 2,43% em relação ao ano anterior, segundo IBGE, porém importa mais de 90% do consumo

Segundo dados do IBGE, em 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária amazonense registrou um crescimento de 8,77% em relação a 2018, saltando de R$ 6,84 bilhões para R$ 7,44 bilhões. Considerando que o setor primário é composto por agricultura, pecuária, pesca, silvicultura e exploração florestal.

O avanço do setor agropecuário superou o crescimento percentual do PIB total do Estado (R$ 103,07 bilhões), que foi de 5,34%, e foi a atividade econômica que mais cresceu no período, ficando à frente dos setores de Serviço (6,46%) e Indústria (4,83%).

“Esse desempenho evidenciando o crescimento do setor agropecuário superior à própria media do crescimento geral do Estado mostra o grande potencial do setor primário amazonense em desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda no interior do Estado”, destacou o presidente da FAEA, Muni Lourenço.

A pecuária dificuldades e resultados 

De acordo com os dados mais recentes de Produção Agrícola Municipal (PAM) do IBGE, em 2018, o Amazonas possuía um rebanho de 1,3 milhão de cabeças de gado bovino, um aumento de 2,43% em relação ao ano anterior. Porém a maior parte da carne que se consume no estado é importada, principalmente do Pará. A estimativa é 90% segundo funcionario do Ministerio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Na Visão do Ivens Domingos, especialista em pecuária sustentável da WWF-Brasil, a dificuldade de promover a regularização fundiária é um dos grandes gargalos para a pecuária do Amazonas.

“Sem essa regularização, os produtores têm dificuldades de acesso a financiamentos e não aderem ao Cadastro Ambiental Rural (CAR). Isso torna mais difícil a implementação de boas práticas produtivas”, afirmou o especialista.

Outro problema enfrentado pela cadeia da carne é a complicada logística no Amazonas, imposta não só pelas características geográficas da região, como também pela falta de infraestrutura para o escoamento da produção. 

O impacto financeiro não se dá apenas através do pagamento de altas taxas de frete: durante o transporte, o gado fica vários dias sem comer e emagrece, o que provoca perda de rendimentos para os criadores.

Foram produzidos também 45,03 milhões de litros de leite, um acréscimo de 4,92% frente a 2017
Já o rebanho de bubalinos em 2018 foi de 85,208 mil cabeças, um aumento de 8,82% em relação ao ano anterior, e registrando a 5ª posição entre os Estados com maior rebanho do país
O rebanho efetivo de galinhas do Estado em 2018 foi de 2,819 milhões de cabeças e produção de ovos foi de 62,6 mil dúzias, um aumento expressivo de 25,57% frente à produção de 2017.

PIB Amazonense

Conforme informou a Sedecti, ao todo, o PIB do Amazonas foi de R$ 103,07 bilhões em 2019, um crescimento de 5,34% em comparação aos R$ 97,85 bilhões arrecadados em 2018.

Considerando apenas o 4o trimestre de 2019, quando o Estado registrou R$ 26,88 bilhões, houve um crescimento de 5,76% comparado ao mesmo período do ano anterior, e taxa de crescimento real de 1,39% ao se descontar a inflação pelo índice de preço ao consumidor amplo (IPCA).

Texto Dulce Maria Rodriguez com informação da Ascom – Faea/Senar-AM/ Fundepec-AM e Sedecti

Gráficos: https://sistemafaeasenar.org.br/relatorios-senar

Fotos: Reprodução

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