Facilitar o uso de tecnologias no campo e apoiar a inclusão socioeconômica, produtiva e agroambiental das mais de 85 mil famílias rurais estão entre as prioridades do Idam (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas), que completa 25 anos de existência e de serviços prestados em todo o Amazonas, na próxima quinta-feira (18/3).
O Amazonas possui algumas especificidades e logística diferenciada, tornando muitas vezes um desafio para os extensionistas rurais que levam os serviços de Ater (Assistência Técnica e Extensão Rural) às comunidades distantes e de difícil acesso. Entre os públicos assistidos pelo Idam estão o agricultor familiar, o indígena, o pescador, o extrativista, o ribeirinho, o pecuarista, os quilombolas e o pequeno criador.
“Ao completar 25 anos de bons serviços prestados, o Idam vem se estruturando e se consolidando como um órgão estratégico de políticas de estado para o setor rural do Amazonas. Trabalhamos com foco no desenvolvimento sustentável e ênfase na assistência técnica e extensão rural, proporcionando aos agricultores o acesso às políticas de fomento, crédito rural, organização social e produtiva, ordenamento ambiental e estruturação da produção agropecuária”, destacou o diretor-presidente do Idam, Valdenor Cardoso.
Apesar dos desafios da Amazônia, os extensionistas têm levado a inovação tecnológica com o intuito de tornar eficientes os processos produtivos, a exemplo do pastejo rotacionado utilizado na atividade de pecuária ou da mecanização agrícola, que tem viabilizado o aumento na produção de alimentos e diminuído o esforço físico dos trabalhadores no campo.
Na sub-região do Juruá, município de Ipixuna, os técnicos do Idam percorrem até duas horas de viagem (fluvial e terrestre) para chegar à comunidade Igarapé Limão. No período do verão é possível utilizar o quadriciclo para chegar às Unidades de Produção Familiar e, durante o inverno, a lancha é o principal meio de transporte.
Na tecnologia da mecanização agrícola, o Idam está trabalhando áreas, inicialmente, de um a três hectares. Nesse modelo, o Instituto entra com as máquinas e implementos agrícolas, e o pequeno produtor, com os insumos necessários para a operação das máquinas. O programa é direcionado a pequenos produtores com pouca estrutura de produção e tem como objetivo diminuir os custos do homem do campo e conter o desmatamento ilegal no interior do Amazonas.
O modelo já é utilizado nos municípios de Parintins e Presidente Figueiredo, e no Distrito de Santo Antônio do Matupi, em Manicoré. Até o momento, cerca de 100 famílias rurais foram beneficiadas com a mecanização de 350 hectares. Ao todo, o investimento na tecnologia para o período 2021-2022 será de R$ 10 milhões.
No Alto Solimões, a assistência técnica direcionada aos agricultores indígenas dos municípios de Tabatinga, Atalaia do Norte e Benjamin Constant possibilitou a participação desse público no Preme (Programa de Regionalização da Merenda Escolar). Os indígenas dessas localidades participam pela primeira vez do programa gerenciado pela ADS (Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas).
O Instituto tem apoiado as famílias indígenas na emissão de DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf) e Cartão do Produtor Primário, assim como nas questões de associações jurídicas, e mantém uma política de Ater continuada, com foco na sustentabilidade. Essas ações têm resultado na geração de renda, garantia alimentar, dinamização da economia rural e democratização de oportunidades no campo.
*Com informações do Idam Fotos: Divulgação