Hoje é o “Dia dos Povos Indígenas”, os primeiros habitantes do nosso país
Márcia Ximenes Nunes
Hoje dia 19 de abril comemoramos o “dia do Índio”, aquele povo que aqui já estava quando chegaram os portugueses nas nossas terras. Os indígenas do Rio Grande do Sul são integrantes dos povos Kaingang, Guarani, Charrua e Xokleng, segundo o censo do IBGE de 2010 tínhamos aproximadamente 33000 indígenas aqui no estado.
Quando os colonizadores chegaram em solo gaúcho eles encontraram três raças indígenas: os Gês, os Guaranis e os Pampeanos.
Os GÊS, talvez fossem descendentes dos mais antigos caçadores, preferiram a zona das araucárias, e do pinhão faziam farinha com o pilão e guardavam em um local seco, pois era à base da sua alimentação.
Moravam em casas de palha, mas no frio intenso do inverno eles abriam covas que atingiam até 18 metros de diâmetro por uns 7 metros de profundidade, ficaram conhecidos pelos nomes: Guaianas, Pinarés, Ibiraiaras e Caaguás.
Os índios GUARANIS foram os primeiros agricultores das nossas terras e ocupavam regiões de água abundante. Pertenciam a esse grupo os Tapes, os índios da Missões do Rio Grande do Sul, que ocupavam as margens de grandes rios do Centro e Oeste; os Arachanes, que habitavam o Ocidente da Lagoa dos Patos; Os Carijós ou Patos que habitavam o litoral marítimo.
O índio Guarani era de caráter brando, dócil e pacato. Não eram cruéis, suportavam a fadiga, doença, dor e até a morte sem lágrimas e gemidos. Suas casas eram coletivas e dormiam em redes. Formaram as Reduções Jesuíticas e os 7 Povos das Missões.
Os PAMPEANOS são os índios Charruas, Minuanos, Guenoas e Yarós. Habitavam o sul do estado, Uruguai e algumas províncias Argentinas de Corrientes e Entre Rios. Com a introdução do gado no RS, eles tornaram-se pastores e exímios cavaleiros, a eles se devem muito usos e costumes do gaúcho que permanecem até os dias de hoje.
O Dia dos Povos Indígenas foi criado pelo presidente Getúlio Vargas, em 1943, com o título de “Dia do Índio”. Essa celebração tem como propósito a preservação da memória e a reflexão crítica nas Universidades, escolas e demais instituições semelhantes sobre o passado, a relação de dominação e conquista das civilizações européias no Continente Americano.