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Hoje é o Dia dos Avós, aquelas pessoas que acalentam e amam demais os seus netos


“Os avós eram de carne e osso.

Tomavam mate, comiam carne

com farinha,

campereavam.

Sobravam a chama dos lampiões,

dormiam cedo.”

Canto aos avós (Apparício Silva Rillo)

Feliz daqueles que possuíram e possuem avós em suas vidas, pois o amor de avós é diferente. São aquelas pessoas que gostaríamos que estivessem sempre perto de nós, eles fazem a vontade dos netos, chamam a atenção quando for preciso, doam o seu tempo para eles, e quando os netos estão com os avós é uma sobrevida a mais que eles ganham a cada minuto dedicado a esse amor.

Este anos resolvi homenagear os avós entrevistando pessoas que responderão a uma pergunta.

 

Qual a importância dos avós na vida dos netos?

DÉBORAH  J. DA S. DALCOL

…”Em primeiro lugar, agradeço a Márcia pela oportunidade de contribuir com a revista a partir deste breve escrito que de imediato, fez com que eu percebesse o quanto uma pergunta é capaz de evocar um percorrido pela nossa própria história.

Com isso, me parece inevitável que, ao pensar sobre a importância dos avós para os netos, eu revisitei as lembranças que constituem a minha infância e nesse sentido surgem momentos carregados de ternura, comida no fogão à lenha e cheiro de campo. De fato a presença amorosa dos avós atribui mais cor, sabor, aroma e afeto aos anos iniciais do desenvolvimento de qualquer humano.

Nessa direção, acredito que, facilmente resgatamos da memória situações onde “a casa dos avós” se tornou espaço de refúgio para os netos, de maneira que os acontecimentos que seriam passageiros adquiriram estatuto de eternidade dentro da gente. E, assim, faz sentido refletir sobre o tanto que o nosso jeito de ser, pensar e ver o mundo também é atravessado por marcas de quem e de como os nossos avós eram, o que fez com que eles nunca morram, mas devem de ter uma existência física.

Por último, parece não restar dúvidas que quando os avós possuem condições de proporcionar um ambiente acolhedor e saudável contribuem de maneira positiva na constituição psíquica, cognitiva e socioemocional das crianças. E cá entre nós, que sorte de quem ainda tem a honra de compartilhar a vida adulta com os avós, porque se há muito a ensiná-los sobre os tempos atrás, sempre há o que aprender com eles”…

 

SÔNIA RAQUEL BANDEIRA FERREIRA DA COSTA

…”Acima de tudo o Amor e a Sabedoria a ser passada pelos avós que vem de geração em geração, seus costumes e princípios, o aconchego tanto de um colo como o de um abraço, de um beijo.

A casa dos avós sempre tem um cheirinho, na qual os netos nunca irão achar em nenhum outro lugar”…

                     

CELENI VIANA

…”Sabe, eu já era feliz por ser pai, daí Deus me concedeu a graça maior ainda de ser avô e junto com a avó nos tornamos cúmplices de todas as artimanhas e aprontadas destas crianças, eu pude constatar que netos são os filhos banhados de mel, eles nos completam, nos exigem amor, atenção e carinho, numa fase sendo que muitas vezes estamos bem ligados, pois os filhos cresceram e a gente se desliga  um pouco daqueles momentos mágicos com as crianças. Quando os netos chegam, tudo muda, somos um amparo e uma proteção para eles e eles roubam o lugar e o protagonismo dos filhos, daí que podemos dizer que não envelhecemos, porque eles nos rejuvenescem, bendito netos!”…

 

NADIA MILETO

…”Os avós são nossos pais com açúcar. Acreditam que tentam consertar nos netos, o que talvez considerem um erro que possam ter cometido com seus filhos. Convivi pouco com meus avós, minha avó materna era professora de campanha, segundo a minha mãe contava, ela passava, às vezes, dias fora de casa, pois estava alfabetizando nas escolas rurais. Eu era bebê quando ela faleceu. A avó paterna faleceu no parto da minha tia há 90 anos. Meus avôs também tenho poucas lembranças, o avô materno tinha um engenho de arroz e o paterno teve uma olaria no Passo Novo (Alegrete) era colorado roxo, tanto que doou tijolos na grande campanha do Internacional de Porto Alegre para construir o Beira-rio.

Mas a avó querida que convivi mais, principalmente nas férias escolares, foi a avó paterna dos meus irmãos mais velhos. A vó Santa abraçou a mim e a minha irmã mais nova como suas netas.

Ela gostava que fôssemos passar as férias na propriedade rural dela, levava a gente para a horta que era imensa, orientava sobre as hortaliças, como colher, preparar, como debulhar milho, alimentar os animais. Fazia pão caseiro todas as tardes e dava o pão de modelo de corujinha para a neta que melhor lustrava a sala e o quarto dela, mantidas com cera de abelhas. Doces lembranças de avós com açúcar”…

 

MARIA TEREZINHA VIZZOTTO PINTO

…”Ser avó é maravilhoso, é uma benção, amo ser vovó”…

MARA REJANE RIBEIRO DORNELES

…”Nós proporcionamos aprendizados, destaco a importância da preservação e identidade da família e fortalece a conexão com nossas raízes, além de facilitar a compreensão com nossa própria história. Para nós avós, é a realização da continuidade familiar.

Somos abençoados por já termos bisnetos, sempre dizemos, os filhos são os tesouros, os netos são as pérolas e os bisnetos os brilhantes da família”…

ISA TOMBINI

…”Ontem você era filha, hoje mãe, amanhã avó…Uma evolução natural da vida, capaz de carregar um amor tão profundo e sincero, incapaz de ser compreendido sem ser sentido.

Avó é uma mãe com açúcar, que já carregou seus filhos e agora tem todo o tempo para amar seus netos”…

“Os avós eram de carne e osso.

Tinham braços e pernas e cabeça,

artérias, nervos, coração e alma.

Humanos como nós, os velhos tauras,

mas de bronze e de ferro nos parecem

esses campeiros que fizeram história.

Estátuas vivas de perenidade

nos pedestais do tempo e da memória”

Escritora

Márcia Ximenes Nunes Chaiben

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