“Eu andarei vestido e armado com vossas armas para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não peguem, tendo olhos não me enxerguem e nem em pensamentos possam me fazer mal.”

Antigamente nossos pais e avós sempre contavam a lenda de São Jorge, onde ficávamos procurando ele na lua, todos temos um carinho especial com esse santo guerreiro que é padroeiro dos soldados, cavaleiros, fazendeiros, agricultores e escoteiros do Brasil.
Que nesse momento São Jorge consiga colocar suas bênçãos no país da Ucrânia e ilumine todos os soldados e civis que seguem enfrentando essa guerra que não tem fim.
Hoje dia 23 de abril é o dia de São Jorge, conhecido como Jorge da Capadócia e Jorge de Lida, conforme a tradição, um soldado romano no exército do Imperador Diocleciano, venerado como Mártir Cristão e pela igreja Ortodoxa também.
Na religião da Umbanda ele é chamado de Ogum, considerado um dos mais proeminentes santos militares, a memória dele é celebrada nos dias 23 de abril e 3 de novembro.
Ele foi imortalizado na lenda em que mata o dragão. São Jorge é mencionado entre aqueles que “foram justamente reverenciados pelos homens e, cujo atos, são conhecidos somente por Deus”
Padroeiro de várias cidades e países como a Inglaterra, Portugal, estado do Rio de Janeiro, Etiópia, Londres, Barcelona, Beirute entre outras.
De acordo com a lenda, Jorge teria nascido na antiga Capadócia, região do centro da Anatólia que atualmente faz parte da Turquia. Ainda criança, mudou-se para a Palestina com sua mãe, após ser seu pai Gerôncio morrer em batalha. Sua mãe Policrômia, era originária de Lida, na Palestina, atual cidade de Lod, em Israel, era possuidora de muitos bens, tendo educado seu filho com esmero na fé cristã.
Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das Armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a capitão do exército romano, devido a sua dedicação e habilidade, qualidades que levaram o Imperador a lhe conferir o título de Conde da Província da Capadócia.
Aos 23 anos passou a residir na corte imperial, em Nicomédia. Aos 30 anos foi Tribuno Militar e Conde, encarregado da guarda pessoal do Imperador Diocleciano. Sua mãe veio a falecer e ele doou toda sua herança aos pobres e necessitados, causando surpresa na corte, pois desconheciam a fé Cristã dele. Diocleciano, em 303, publicou um édito que mandava prender todo soldado romano cristão e que todos os outros deveriam oferecer sacrifícios aos deuses romanos e Jorge declarou-se Cristão ao Imperador.
Diocleciano tentou dissuadi-lo oferecendo-lhe terras, dinheiro e escravos, mas Jorge era fiel ao Cristianismo, ele foi muito torturado e sempre reafirmando a sua fé. Tendo seu martírio aos poucos, ganhando notoriedade e muitos romanos tomando as dores do jovem soldado, inclusive a mulher do Imperador, que se converteu ao Cristianismo.
Finalmente Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, em Nicomédia, na Ásia Menor.
O santo guerreiro é vestido com uma armadura de metal, que representa a força da fé em vencer seus inimigos e uma lança ou espada que representa as armas interiores para combater os problemas. O cavalo branco representa a pureza indomada da fé em Deus, e em si próprio, enquanto a capa vermelha é a força e a autoconfiança para vencer na vida e aos obstáculos. O dragão por sua vez, simboliza todos e qualquer inimigo e problemas a ser enfrentados.